A
adoção de crianças brasileiras por casais estrangeiros ficou mais
fácil, a partir de hoje (24), com a aprovação, pelo Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), de uma mudança na resolução que trata do Cadastro
Nacional de Adoção (CNA). A partir de agora, o cadastro – por meio do
qual são feitos os processos de adoção no Brasil – estará aberto também a
pretendentes estrangeiros.
De acordo com a assessoria do CNJ, a publicação da nova resolução faz
com que brasileiros e estrangeiros sigam o mesmo trâmite no processo de
adoção. Antes, os casais estrangeiros só poderiam adotar crianças que
não tivessem sido adotadas por meio do CNA, ou seja, após elas não terem
despertado o interesse de brasileiros. Em todo país, há 30.424
pretendentes para a adoção de 5.440 crianças e adolescentes até 17 anos
cadastrados (3.081 meninos e 2.359 meninas). O estado com maior número
de criancas cadastradas é São Paulo (1.341), seguido do Rio Grande do
Sul (702), de Minas Gerais (669) e do Paraná (667).
Há, segundo o cadastro, oito crianças com menos de um ano, em busca
de uma família. O número cresce à medida que a idade avança. São 40
crianças com um ano de idade esperando por adoção; 59 com 2 anos; 91 com
3 anos. No outro lado da tabela do CNA, há 567 pessoas com 17 anos na
busca por uma família e 628 com 16 anos.
Do total de crianças e adolescentes cadastrados, 2.588 são pardos;
1.762 brancos; 1.033 negros; 31 indígenas; e 25 de raça amarela
(oriental-asiática). Dos 30,4 mil pretendentes cadastrados, 8.995
(29,57% do total) dizem querer "somente" crianças brancas, enquanto 511
(1,68%) dizem querer "somente" crianças negras. Há, ainda, 206 querendo
somente adotar indígenas (0,68%).
Fonte: Agência Brasil
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