País precisa de
mais R$ 170 bilhões para educação
A segunda edição do Plano
Nacional de Educação (PNE II), que deveria ter entrado em vigor neste
ano, ainda não saiu do papel. O governo mostrou que, no prazo de dez
anos, não há condições de dobrar os investimentos em educação e a
sociedade insiste que os aportes passem dos atuais 5% do Produto Interno
Bruto (PIB) para 10% até 2020. Ao contrário do que foi divulgado pelo
MEC, de que são necessários mais R$ 61 bilhões para se chegar ao patamar
de 7% do PIB, a Campanha Nacional pelo direito à Educação calcula que é
preciso cerca de R$ 170 bilhões para que o País atinja padrões mínimos
de qualidade na educação. "O governo considerou apenas o dinheiro a ser
investido para sair de 5% do PIB para 7%. Nós levamos em conta a
demanda", diz Daniel Cara, coordenador da Campanha.
Limite de idade
para entrada no ensino fundamental é alterado
A aplicação de uma resolução
do Conselho Nacional de Educação (CNE) vai mudar a vida escolar de
crianças que fazem aniversário entre 1º de abril e 30 de junho. Pela
regra anterior, o aluno ingressava no ensino fundamental (1º ano) no ano
em que completava 6 anos, desde que fizesse aniversário até 30 de
junho. Agora, a data-limite passa a ser 31 de março. Nas escolas
particulares, a mudança valerá para o ano letivo de 2012. A contadora
Patrícia Albuquerque é uma das mães pegas de surpresa com a mudança. A
filha, Stella Albuquerque, completa 6 anos em 28 de abril de 2012. Pela
regra antiga, poderia entrar no ensino fundamental a partir de 2012.
Entretanto, com a mudança, terá que esperar mais um ano. "Estamos na
expectativa de que seja feita uma leitura menos restritiva da lei", diz
Patrícia.
Um em cada quatro
alunos abandona o ProUni
Um em cada quatro bolsistas
abandona o Programa Universidade para Todos (ProUni), revela balanço do
Ministério da Educação (MEC). De 2005, ano em que o ProUni começou a
funcionar, até o primeiro semestre de 2011, foram 893.102 estudantes de
famílias baixa renda contemplados em todo o País. Nesse período, 229.068
deixaram o programa. Segundo o MEC, a maioria abriu mão da bolsa, mas
continuou estudando. O levantamento analisou, um a um, os CPFs dos
bolsistas que saíram do programa antes de concluir o curso. Dos 229.068
estudantes nessa situação, 102.506 abandonaram o ensino superior - o
equivalente a 11,5% do total de bolsistas. Os demais, ainda segundo o
MEC, migraram para instituições públicas ou mesmo privadas, ainda que
sem a bolsa do ProUni.
União cobra R$ 73,4
milhões do Connasel pelo vazamento de provas do Enem
A Advocacia Geral da União
(AGU) entrou, na última sexta-feira (19), com uma ação na Justiça
Federal de Brasília (DF) para cobrar R$ 73,4 milhões do Consórcio
Nacional de Avaliação e Seleção (Connasel) pelos prejuízos causados ao
governo federal por conta do vazamento da prova do Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem) em 2009. O consórcio era integrado pelas empresas
Funrio, Cetro e Consultec e responsável pela logística da realização do
exame em todo o Brasil. Em 2009, a aplicação do exame teve que ser
adiada depois que os responsáveis pelo furto tentaram vender a prova a
veículos de comunicação. Diante da situação, o Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), contratou em caráter
emergencial o consórcio Cespe/Cesgranrio e repetiu todos os
procedimentos para a aplicação da prova.
Enem mudará
critério de divulgação das notas
A presidente do Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep),
Malvina Tuttman, anunciou ontem (18) que o critério para divulgação das
notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vai mudar, a partir de
2012, dando destaque às notas dos alunos e não mais às instituições de
ensino. Para evitar que sejam feitos os rankings que invariavelmente são
utilizados como propaganda, principalmente de instituições privadas, as
notas serão divulgadas conforme o número de alunos inscritos. “O Enem
deve medir o esforço que cada um fez no desenvolvimento do aluno e da
escola. Não é para comparar a nota com a de outras escolas, mas que
sirva para que cada instituição veja onde pode melhorar. Não tem o menor
sentido fazer propaganda do tipo curso preparatório para o Enem”, disse
Malvina
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