Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Nove anos depois da morte de Alyne Pimentel Teixeira em um
hospital de Belford Roxo, no Rio de Janeiro, o Comitê de Acompanhamento
da Implementação da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação contra as Mulheres, ligado à Organização das Nações Unidas
(ONU), enviou ao governo brasileiro recomendações para que a família da
vítima seja indenizada e novos casos de desassistência a mulheres
grávidas sejam evitados.
Em novembro de 2002, Alyne Teixeira estava grávida de seis meses quando
procurou o hospital e não recebeu atendimento. O bebê morreu, a
paciente passou por um parto induzido e morreu dias depois.
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse
hoje (17) que o governo ainda não foi notificado oficialmente pelo
comitê da ONU. Nos últimos anos, lembrou, o país tem ampliado o
atendimento à saúde materna e reduzido índices de mortalidade de mães e
crianças.
“Esse caso é uma situação gravíssima, que não orgulha nosso país. No
entanto, temos em curso no Brasil um plano claro de atendimento materno
infantil para reverter esse quadro, feito para reduzir amplamente a
mortalidade materna, atendendo situações de risco e ampliando
atendimento pré natal”, disse a ministra.
Segundo Maria do Rosário, os investimentos de R$ 9,4 bilhões no
programa Rede Cegonha, criado em março, deverão fortalecer as medidas de
assistência materna e de crianças de até um ano, atendendo às
recomendações da ONU. “Estamos preparando essas respostas para
apresentar à ONU e queremos convidar o comitê para que venha ao Brasil o
mais rápido possível para ver in loco as mudanças que estão em curso.”
Edição: João Carlos Rodrigues
Fonte: Agência Brasil
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