Mulher não deu justificativas para devolver casal de irmãos após oito meses.
Promotor diz que crianças de 4 e 2 anos vão fazer tratamento psiquiátrico.
"Ela já era chamada de mãe pela criança mais velha" - promotor Bruno Araujo Guimarães
O promotor Bruno Araujo Guimarães espera que o processo contra a mulher que devolveu um casal de irmãos adotados em Linhares (ES) sirva de exemplo para evitar que atitudes como essa voltem a acontecer. Ele explicou ao G1 que as crianças, de 4 e 2 anos, já viviam com a mulher há oito meses quando foram devolvidas ao abrigo no dia 12 de maio.
“Tem que servir de exemplo, porque as crianças não são brinquedos que podemos abandonar quando enjoamos. Espero que as pessoas reflitam mais sobre a adoção, que é um processo extremamente sério e exige responsabilidade. Casos de devolução não acontecem muito, mas são bem mais frequentes do que gostaríamos”, afirmou Guimarães. Ele conta que se inspirou na decisão de um colega de Minas Gerais, que atuou em um caso semelhante.
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O Ministério Público entrou com uma ação para que a mulher pague indenização por danos morais e materiais. “Vamos pedir cem salários mínimos para cada criança, mais uma pensão mensal no valor de um salário mínimo até que completem 24 anos. Esse dinheiro vai servir para custear o tratamento psiquiátrico que as crianças vão ter que fazer. Nós queremos que ela pague os médicos, além do valor pelo dano moral”, disse.
Segundo o promotor, a mulher disputou a guarda provisória das crianças com outra família, mas teve a preferência. A outra família já adotou crianças.
"Ela já era chamada de mãe pela criança mais velha, mas não apresentou justificativa alguma e simplesmente devolveu os dois irmãos. Essa mulher causou um sofrimento incalvulável a essas crianças, que poderiam até ter sido adotadas por outra família. Ela disputou a guarda, ganhou, mas depois voltou atrás e desistiu”, disse Guimarães.
Os irmãos estão no abrigo e devem permanecer no local até que tenham condições emocionais de voltar para a fila da adoção.
Fonte: G1 Notícias
Luciana Rossetto
Do G1, em São Paulo
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