sexta-feira, 22 de julho de 2011

Propaganda brasileira acusada de promover pedofilia perde prêmios de Cannes

 Divulgação
Trecho da propaganda criada pela agência Moma (clique para vê-la completa) 


A agência brasileira Moma, responsável pela criação de duas peças publicitárias acusadas de terem conteúdo pedófilo, teve os prêmios ganhos no festival internacional de Cannes cancelados pelo Estadão, representante oficial do Cannes Lions no Brasil. De acordo com o site CCSP (Clube de Criação de São Paulo), o Leão de Prata na categoria Press e Leão de Bronze em Outdoor conquistados com campanha de ar-condicionado para Kia Motors (“Teacher” e “Princess”) foram conquistados de forma irregular.

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"As regras do Cannes Lions determinam que, se solicitadas, deverão ser oferecidas provas de que as campanhas foram de fato veiculadas e que foram legitimamente criadas para um cliente pagante. Apesar das várias conversas, a Moma Propaganda não ofereceu as evidências exigidas e, portanto, os prêmios foram cancelados”, afirmou Philip Thomas, CEO do Festival, segundo o CCSP. 

 
Em comunicado, a agência lamentou o ocorrido. "Esta decisão foi tomada em conjunto com a organização do festival, sendo resultado de uma série de fatores e profunda análise. A agência optou por não prosseguir com sua defesa, tendo em vista diminuir a exposição de todos que, de alguma forma, foram envolvidos nesse processo." 

As propagandas feitas pela Moma pretendiam vender o ar condicionado Dual Zone, que oferece temperaturas diferentes dentro do mesmo veículo. Histórias em quadrinhos sobre a Bela Adormecida e um diálogo entre uma aluna e um professor foram usadas para ilustrar a proposta. Elas foram consideradas inadequadas pela KMA (Kia Motors America). 
 

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"Estamos fazendo o possível para informar o consumidor e a mídia que não foi a Kia Motors America que aprovou o anúncio e que, da mesma forma que os consumidores americanos, consideramos as peças totalmente ofensivas e inapropriadas", afirmou em junho Michael Sprague, vice-presidente de Marketing e Comunicação da KMA. 

A Moma lamentou a polêmica levantada em torno das peças – avaliadas por 32 pessoas de diversas nacionalidades em Cannes e que "não levantaram qualquer polêmica” no momento da avaliação. 
Fonte: Opera Mundi

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