Assessoria de Comunicação Social Classificação da Notícia: Infância e Juventude
17/05/2013 17:35:48
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Redatora: Anbar - MTbBA 690
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Sem educação não há como combater
a exploração sexual de crianças e adolescentes
a exploração sexual de crianças e adolescentes
Se
não houver um maciço investimento na educação com a adoção de políticas
de enfrentamento mais intensas não haverá combate à exploração sexual
de crianças e adolescentes no entender da promotora de Justiça Eliana
Elena Bloizi, que presidiu a mesa de abertura do “Seminário 18 de Maio –
Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e
Adolescentes” hoje, dia 17, no auditório do Ministério Público estadual.
E foi nesse mesmo evento que a adolescente convidada, de 15 anos de
idade, Ester Santana, defendeu o envolvimento dos jovens nos projetos a
eles destinados, chegando a questionar o porquê de só ter adulto
participando desse e de outros seminários tratando do tema, provocando
surpresa e aplausos.
Coordenadora do Centro de Apoio
Operacional da Criança e do Adolescente (Caoca), Eliana apresentou dados
sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes na Bahia onde
no ano passado foram feitas 4.480 denúncias, e de janeiro a março deste
ano, o número já chega a 671. Sua preocupação está acentuada no momento
com a aproximação da Copa das Confederações, um megaevento que trará ao
Brasil 37 milhões de estrangeiros, “sendo que alguns, infelizmente, não
visam comparecer aos estádios, mas sim estabelecer relações sexuais
envolvendo crianças e adolescentes.” Segundo Eliana, já existe uma
mobilização no sentido de adotar medidas protetivas, mas reforça a
necessidade de toda máquina judiciária estar direcionada às políticas
públicas de defesa da criança e do adolescente mais do que nunca.
Marca o Dia Nacional de Combate ao Abuso e
à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes que transcorrerá amanhã o
seminário teve na mesa de abertura o promotor de Justiça José Renato
Oliva de Matos, coordenador do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento
Funcional (Ceaf), representando o procurador-geral de Justiça Wellington
César de Lima e Silva; a secretária de Desenvolvimento Social e Combate
à Pobreza Moema Gramacho e sua chefe de gabinete Mara Moraes; a
delegada titular da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Contra
a Criança e o Adolescente (Derca), Ana Crícia Macedo; o coordenador
executivo do Cedeca, Waldemar Oliveira e os adolescentes Ester Santana,
Daniel Souza, Monique Evelle Costa e Cristiane Conceição.
O
seminário contou com as mesas-redondas sobre os megaeventos como porta
de entrada à violência sexual contra criança e adolescente tendo a
promotora de Justiça Izabel Cristina Santana como moderadora, e sobre a
discussão de medidas que possam otimizar a apuração de demandas de
teóricos crimes sexuais contra a criança e o adolescentes, moderada pela
promotora de Justiça Cíntia Guanaes. Ao falar, o coordenador do Cedeca,
Waldemar Oliveira elogiou a atuação harmônica do MP na luta em defesa
da criança e do adolescente. Mas lamentou que “o governo ainda está
devendo ações que visem efetivamente tirar os jovens das garras dos
exploradores estando a questão do abuso sexual não resolvida.” Lembra
que existe apenas uma delegacia especializado quando poderiam existir
outras nas cidades de grande porte e da mesma forma a alocação de
recursos é ínfima quando estados e municípios deveriam destinar verbas
na votação do orçamento para haver um melhor combate à exploração, disse
acrescentando que,“ao invés disso, querem reduzir a maioridade penal, o
que é uma balela, um engodo”.
Em sua fala, Moema enumerou programas
governamentais direcionados ao atendimento de jovens, citou resultados
obtidos com o acolhimento preventivo de crianças no Carnaval, lembrou do
Pacto pela Vida que viabilizará um trabalho a ser feito por meio das
Bases Comunitária junto a comunidade e informou sobre a inauguração
próxima da casa destinada a jovens em conflito com a lei em Vitória da
Conquista e Itabuna. Também falou sobre a implosão da Case de Salvador
que tem 37 anos e está fora dos padrões e haverá a construção de novo
equipamento, estando o governo em fase de consolidação de parcerias para
atender aos mais de 230 internos com programas sócio-educativos
enquanto durarem as obras.
A
promotora de Justiça Ana Bernadete explanou sobre a experiência dela e
dos colegas na área da infância e adolescência, detalhando o papel do
MP, notadamente nesse período de realização de um megaevento, defendendo
a implementação de medidas importantes para enfrentar a exploração
sexual. Entre elas, o fortalecimento dos Conselhos Tutelares, Creas,
CRAS e Caps, bem como a oferta de saúde dignamente, um programa de
atenção às famílias. “O problema da exploração sexual de criança e
adolescente, na verdade, deve ser abraço pelo poder público e pela
sociedade de modo permanente.” O reforço foi feito por José Renato para
quem “temos que ter uma legislação mais dura para combater esse mal”
citando que temos o Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca), mas não
temos tido condições de cumpri-lo.
Fotos: Humberto Filho/Ascom-MPBA
ASCOM/MP – Telefones: (71) 3103-0446/ 0449/ 0448/ 0499/ 6502
Fonte: MPBA
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