segunda-feira, 30 de abril de 2012
Salvador: VIII Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente
VIII Conferência Estadual dos Direitos da Criança e
do Adolescente
Data: 04 a 07 de junho de 2012
Local: Centro de Convenções
Salvador/Bahia
Como etapa da IX Conferência Nacional será realizada a VIII Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente
A VIII Conferência terá como tema:“Mobilizando, Implementando e Monitorando a Política e o Plano Decenal de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes na Bahia ", e o seguinte objetivo geral:
Data: 04 a 07 de junho de 2012
Local: Centro de Convenções
Salvador/Bahia
Como etapa da IX Conferência Nacional será realizada a VIII Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente
A VIII Conferência terá como tema:“Mobilizando, Implementando e Monitorando a Política e o Plano Decenal de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes na Bahia ", e o seguinte objetivo geral:
- Mobilizar o Sistema de Garantia de Direitos e a população em geral para a implementação e monitoramento da Política Nacional e do Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes.
Os objetivos específicos serão:
- mobilizar as instâncias governamentais e da sociedade civil organizada para a implementação e monitoramento da Política Nacional e do Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes;
- · articular e pactuar com os gestores das três esferas de governo, envolvendo os poderes legislativo e judiciário no processo de implementação da Política Nacional e do Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes;
- · criar mecanismos de monitoramento da Política e do Plano Decenal nas três esferas de governo;
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Comissão aprova presença de psicólogos e assistentes sociais nas escolas
Arquivo/ Leonardo Prado
A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou na quarta-feira (18) proposta que assegura atendimento por psicólogos e assistentes sociais a alunos das escolas públicas de educação básica. O texto aprovado é o substitutivo do Senado ao Projeto de Lei 3688/00, do ex- deputado José Carlos Elias.
Essa versão do Senado retirou da proposta aprovada anteriormente na Câmara a determinação de que o atendimento psicológico e assistencial deveria ser prestado por psicólogos do Sistema Único de Saúde (SUS) e assistentes sociais dos serviços públicos de assistência social. Pelo texto aprovado, as redes públicas contarão com equipes multidisciplinares próprias, sendo que algumas necessidades específicas de alunos poderão ser tratadas em parceria com o SUS.
O projeto dá um ano, a partir da publicação da lei, para que os sistemas de ensino se adaptem à nova regra.
Tramitação
O substitutivo do Senado ainda será analisado pelas comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser incluída na pauta do Plenário.
Íntegra da proposta:
Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Marcelo Oliveira
Casal deve indenizar adolescente adotado e depois devolvido
A
Justiça de Minas Gerais condenou um casal a indenizar um adolescente
que foi adotado aos quatro anos e devolvido ao abrigo aos seis, em 2001.
De acordo com o promotor responsável pelo caso, os pais adotivos não
justificaram de maneira clara a razão da devolução da criança. A
informação é do portal UOL.
De acordo com a sentença, transitada em julgado (não cabe recurso), os pais adotivos devem pagar R$ 15 mil, com correção monetária, a título de pensão alimentícia, além de 15% do salário mínimo até que ele complete 18 anos ou, caso esteja estudando, até os 24 anos.
O promotor Epaminondas da Costa, da Promotoria de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, afirmou que os pais adotivos não justificaram de maneira clara, à época, o motivo da devolução da criança. Hoje, o adolescente tem 17 anos e ainda está no abrigo.
“O casal não deu nenhuma explicação para a devolução. Entretanto, nas entrelinhas, o deixava entrever, mas não de maneira direta, que o menino estaria dando trabalho para eles. Em determinado momento, eles estiveram em crise conjugal e chegaram a culpar a criança por isso”, explicou.
De acordo com a sentença, transitada em julgado (não cabe recurso), os pais adotivos devem pagar R$ 15 mil, com correção monetária, a título de pensão alimentícia, além de 15% do salário mínimo até que ele complete 18 anos ou, caso esteja estudando, até os 24 anos.
O promotor Epaminondas da Costa, da Promotoria de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, afirmou que os pais adotivos não justificaram de maneira clara, à época, o motivo da devolução da criança. Hoje, o adolescente tem 17 anos e ainda está no abrigo.
“O casal não deu nenhuma explicação para a devolução. Entretanto, nas entrelinhas, o deixava entrever, mas não de maneira direta, que o menino estaria dando trabalho para eles. Em determinado momento, eles estiveram em crise conjugal e chegaram a culpar a criança por isso”, explicou.
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Promotor de Justiça e skatista inaugura pista em Bauru, SP
Alan Schneider
Do G1 Bauru e Marília
Enilson Komono, de 36 anos, anda de skate há 26 deles.
Projeto 'Wise Madness' ganhou espaço para a modalidade.
Os
fãs de skate ganharam uma pista profissional em Bauru (SP) no último
sábado (21). A construção do espaço só foi possível graças a um projeto
social movido pelo promotor de Justiça Enilson Komono. A paixão dele
pelo skate começou aos dez anos de idade. Hoje aos 36, o promotor quer
que o esporte ajude a afastar crianças e adolescentes das ruas da
cidade.
Localizado
na Rua Braz Lemos de Almeida, na Vila Aviação, o galpão vai servir para
aperfeiçoar as habilidades dos praticantes e atrair os jovens para as
atividades oferecidas de graça. “Temos ensaios e oficinas de dança,
bboy, música, teatro, skate e stomp quase todas as noites. As aulas são
gratuitas e abertas para todos aqueles que se identificam com as
atividades do grupo. Nosso objetivo é formar cidadãos longe das drogas,
através do encaminhamento escolar e estruturação familiar”, disse o
promotor skatista.“Agora
é uma realidade. Ando de skate desde criança e, em Bauru, nunca teve
uma pista. Andávamos em praças e pistas de skate improvisadas”, contou
Komono. O projeto social “Wise Madness” ou
“Sábia Loucura” em português, foi aberto por ele em 2010. "Comprei o
barracão e depois de muito suor construímos a ampliação com essa
maravilhosa pista", contou orgulhoso.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Conselheiro tutelar é algemado ao defender crianças na região da Praça da República
Publicado em 17 de abril de 2012
Jackson de Castro tentava convencer policiais militares a não algemarem duas crianças, uma de 10 e outra de 12 anos
Da Redação [SpressoSP]
(Foto: .v1ctor. / Flickr)
“Me identifiquei como conselheiro e
procurei mostrar que não estava discutindo a questão da infração, mas
que, ao algemar as crianças, eles estavam as expondo de maneira
vexatória. Tentei argumentar, mas os PMs se mostraram arrogantes e me
algemaram”, esclareceu Jackson.
De acordo com os policiais, as algemas
foram utilizadas porque os dois menores estariam “exaltados” e poderiam
causar danos ao estabelecimento. A justificativa alegada para algemar o
conselheiro tutelar foi a de que Jackson estaria impedindo o trabalho
policial e que teria forçado a maçaneta para liberar os menores.
Segundo a advogada e coordenadora da
Pastoral do Menor da Arquidiocese de São Paulo, Sueli Camargo, a
justificativa alegada pelos policiais não procede. “Em hipótese alguma é
aceitável o uso de algemas em crianças de 10 e 12 anos. Você imagina o
porte do policial, é claro que seria possível para ele controlar a
situação sem o uso das algemas. E o fato das crianças terem permanecido
algemadas no interior da viatura já desqualifica por completo a
tentativa dos policiais de se livrarem da arbitrariedade”. Ainda segundo
a advogada, caso o conselheiro presenciasse tal abuso e se omitisse,
estaria negando sua função e poderia ser penalizado judicialmente por
isso.
Jackson rebate essa acusação. “Disseram
que tentei abrir a viatura forçando a maçaneta para deixar as crianças
livres. Isso não é verdade”, afirmou o conselheiro.
Foram lavrados na Central de Flagrantes
da 1ª Seccional, o Boletim de Ocorrência do roubo e o Termo
Circunstanciado de Ocorrência por desobediência às autoridades. Diante
dos acontecimentos, entidades de Direitos Humanos, de Defesa dos
Direitos das Crianças e Adolescentes, e os Conselhos Tutelares estudam
medidas jurídicas de representação contra o abuso dos policiais
militares.
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Lei do Sinase entra em vigor
Mudança traz novas perspectivas para adolescentes em conflito com a lei
Na segunda quinzena de abril, o Brasil dá um passo importante para mudar
a lógica de funcionamento do sistema socioeducativo e superar de vez a
estratégia exclusivamente punitiva que ainda hoje caracteriza boa parte
das unidades de atendimento a adolescentes em conflito com a lei. É
nesse período que entra em vigor a Lei do Sinase, sancionada pela
Presidência da República em janeiro de 2012.
O principal diferencial da nova lei é que ela propõe que estados e
municípios, por meio de um cofinanciamento com a União, coloquem em
prática uma política integrada em que as ações de responsabilização,
educação, saúde e assistência social sejam inseparáveis, o que exige
muitos ajustes nos programas hoje existentes. Com a mudança, o Brasil
passa a ser o primeiro país do Mercosul e um dos poucos no mundo a
instituir legislação que regulamenta as medidas socioeducativas em todos
os estados e o Distrito Federal.
Outra mudança é a instituição de um sistema para avaliar e
monitorar a gestão e o atendimento, com periodicidade mínima de três
anos. O objetivo é melhorar o desempenho dos programas.
Para a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos
da Presidência da República (SDH), “o Estado precisa estar focado nas
necessidades desses adolescentes, sabendo quem ele é, de onde vem, suas
prioridades educacionais e familiares”. A ministra destaca a importância
da adoção de medidas que apoiem a reinserção social do jovem que
cometeu infração. “Quando o adolescente incide em situações de atos
infracionais, ele tem que responder por isso, mas também deve ter uma
oportunidade de mudar sua perspectiva de vida”.
Paulo Freire: Patrono da Educação Brasileira
Foro-Red Paulo Freire
http://foro-redpaulofreire-peru.blogspot.com
Adital
Tradução: ADITAL
O Foro-Red Paulo
Freire comunica com grande alegria que Paulo Freire foi declarado pelo governo
brasileiro Patrono da Educação Brasileira, segundo a Lei Nº 12.612, de 13 de
abril de 2012.
Esperamos
que, com essa grande notícia, sejam editadas edições populares de suas obras,
ao alcance de todas/os.
Recordemos
Paulo Freire através de sua própria palavra:
A que inclusão nos
referimos quando falamos de excluídos, de oprimidos, de marginalizados, de
pobres?
"Os oprimidos são a
patologia das sociedades saudáveis, que precisam ser ajustados, transformando
suas mentalidades de homens ‘ineptos e preguiçosos’”.
Como marginalizados,
"seres fora de” ou "à margem de”, a solução para eles seria a de que fossem
"integrados”, "incorporados” à sociedade saudável de onde "partirão” um dia,
renunciando, como trânsfugas, a uma vida feliz,,,
Para eles, a solução
estaria no fato de deixar a condição de ser "seres fora de” e assumir a de
"seres dentro de”.
No entanto, os
chamados marginalizados, que são os próprios oprimidos, jamais estiveram fora
de. Sempre estiveram dentro de. Dentro da estrutura que os transforma em "seres
para outro”. Sua solução não está no fato de "integrar-se” a essa estrutura que
os oprime, mas transformá-la para que possam converter-se em "seres para si”
(Paulo Freire, Pedagogia do Oprimido).
Por uma
educação popular multidimensional em todos os espaços humanos.
Crianças bebiam água do gado em fazenda de deputado flagrada com escravos
Entre os controladores da propriedade, aparece um deputado estadual.
Não é a primeira que um político é envolvido em casos desse tipo no
Brasil. O Ministério do Trabalho e Emprego já realizou operações
semelhantes em fazendas pertencentes aos deputados federais Inocêncio
Oliveira (PR-PE), Beto Mansur (PP-SP), entre outros. Neste ano, o
Supremo Tribunal Federal já aceitou a denúncia contra dois parlamentares
por trabalho análogo ao de escravo: o senador João Ribeiro (PR-TO) e o
deputado federal João Lyra (PSD-AL).
A libertação aconteceu em março e foi realizada por ação conjunta de
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Maranhão, Ministério
Público do Trabalho e Polícia Federal. Abaixo, trechos da reportagem de Bianca Pyl, da Repórter Brasil:
A propriedade de criação de gado de corte em que foram flagradas
condições degradantes foi atribuída à empresa Líder Agropecuária Ltda,
da família Figueiredo, que tem como sócios o deputado estadual Camilo de
Lellis Carneiro Figueiredo (PSD/MA). Ele afirmou desconhecer as
denúncias e disse que a fazenda é administrada por seu pai, Benedito
Francisco da Silveira Figueiredo, ex-prefeito de Codó, que – por sua vez
– nega que seja administrador e alega que não há trabalhadores na
propriedade, “apenas moradores”.
Os trabalhadores resgatados cuidavam da derrubada do mato para
abertura de pasto e ficavam alojados em barracos feitos com palha. Os
abrigos não tinham sequer proteção lateral, apesar de serem habitados
por famílias inteiras, incluindo crianças. Os resgatados declararam aos
auditores fiscais que em noites de chuva as redes onde dormiam ficavam
molhadas e que todos sofriam com o frio. Todos comiam diariamente café
com farinha pela manhã, e arroz com feijão nas demais refeições. A
maioria dos trabalhadores era de mesmo de Codó e estava há cerca de dois
meses na fazenda.
Acompanhamento de Matéria Legislativa - PLS 00278/2009

SENADO FEDERAL
Secretaria-Geral da Mesa
Acompanhamento de Matérias
As seguintes matérias de seu interesse sofreram ações em: 18/04/2012
Ementa:
Altera os arts. 132, 134 e 139 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990
(Estatuto da Criança e do Adolescente), relativos aos conselhos
tutelares....
18/04/2012 SSCLSF - SUBSEC. COORDENAÇÃO LEGISLATIVA DO SENADO
Juntados quadro comparativo (fls. 155 e 156) e texto final revisado (fls. 157 e 158).
************* Retificado em 18/04/2012*************
Juntados quadro comparativo (fls. 184 e 185) e texto final revisado (fls. 186 e 187).
TOTAL: 1
quarta-feira, 18 de abril de 2012
43% dos jovens internados no país são reincidentes
Por Gazeta do Povo
MARIA GIZELE DA SILVA
Foto: Marcelo Casal/ABr
Falta de apoio do Estado dificulta reinserção de adolescentes, que voltam para internação após cometerem atos infracionais ainda mais graves
Sugestões
O relatório do CNJ sugere investimentos em nove municípios paranaenses:
Apucarana (Norte)
A proximidade com grandes cidades favorece a formação do corredor institucional que atenderia os adolescentes infratores.
Maringá (Norte)
Tem vara especializada, mas não possui estabelecimento de socioeducação.
Cianorte e Goioerê (Noroeste)
Ficam em uma região que disponibiliza um terço do sistema socioeducativo estadual. Uma unidade em cada um dos municípios citados desafogaria as unidades de Umuarama e Toledo.
Francisco Beltrão (Sudoeste)
Essa mesorregião tem apenas um centro socioeducativo. A instalação de uma unidade e a implantação de uma vara especializada atenderiam à demanda da região.
Irati (Sudeste)
Oferece as melhores condições demográficas e geográficas para receber um estabelecimento socioeducativo. É a única região desprovida de unidade desse tipo.
Guarapuava (Centro)
Não tem vara especializada nem centro de socioeducação, embora a região tenha um estabelecimento em Laranjeiras do Sul.
Telêmaco Borba (Campos Gerais)
A instalação de uma unidade socioeducativa aliviaria a demanda em Ponta Grossa.
Paranaguá (Litoral)
A microrregião formada por sete municípios não tem vara especializada nem unidade de socioeducação.
Conclusão
Ampliar número de vagas é o desafio do Paraná, afirma CNJ
No Paraná, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelou que são necessárias a construção de mais centros de socioeducação, a abertura de novas vagas nos centros já existentes e a implantação de mais varas especializadas para melhorar o atendimento ao jovem autor de ato infracional.
Hoje o estado tem 18 centros socioeducativos, com taxa de ocupação de 111%, e apenas seis varas de infância e juventude. Um dos trechos da pesquisa do CNJ é incisivo: “promover a continuidade da interiorização dos estabelecimentos e auxiliar no descongestionamento populacional dos centros socioeducativos são os principais desafios do sistema paranaense”.
Os três estados do Sul somam 50 centros de internamento e 21 varas especializadas. A superlotação é recorrente em 12 dos 27 estados pesquisados. No Sul, além do Paraná, o Rio Grande do Sul também atende mais adolescentes que o planejado. Lá, a taxa de ocupação é de 108%. Porém, os maiores índices estão no Nordeste. No Ceará, que tem a pior situação do país em vagas, a taxa de ocupação é de 221%.
A Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social, que é responsável pela socioeducação, informou que o governo prevê investimentos de R$ 43 milhões em unidades de socioeducação. Estão incluídas neste valor três novas unidades de semiliberdade (regime que não foi avaliado pelo CNJ) em Paranavaí, Umuarama e Toledo e a construção de uma unidade de internamento em São José dos Pinhais. (MGS)
Sinase entra em vigor
Começou a vigorar hoje a lei que institui o Sistema Nacional Socioeducativo (Sinase) em todo o Brasil. Sancionada em janeiro, a nova legislação obriga os municípios a elaborarem planos de atendimento socioeducativos, além de definir as responsabilidades dos gestores em relação aos adolescentes autores de atos infracionais.
É previsto, por exemplo, que os municípios coloquem em prática ações para o cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto, como a prestação de serviços comunitários e a liberdade assistida. Há também previsão expressa do atendimento concomitante às famílias.
Dê sua opinião
Que medidas devem ser adotadas para reduzir a reincidência dos jovens infratores?
Escreva para leitor@gazetadopovo.com.br
As cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor.
A privação de liberdade é aplicada apenas em casos graves. Nesses casos, o adolescente tem direitos assegurados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), como estudar e receber a visita de familiares. Para o CNJ, a reincidência é resultado da falta de apoio do Estado aos jovens recém-saídos da internação.
A pesquisa “Panorama nacional: a execução das medidas socioeducativas”, desenvolvida pelo programa Justiça ao Jovem, verificou que no Brasil 80% dos estabelecimentos que atendem adolescentes em conflito com a lei não têm programas de acompanhamento aos egressos, embora isso seja determinado pelo ECA. As diferenças regionais são notórias: no Centro-Oeste, 96% das unidades são desprovidas desse atendimento e, no Sul, que apresenta o melhor índice entre as regiões, 52% dos estabelecimentos não acompanham os egressos.
O que acontece em alguns municípios é o acompanhamento do adolescente em meio aberto em cumprimento de medida de liberdade assistida ou prestação de serviços à comunidade. Em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, dos cerca de 380 adolescentes atendidos em meio aberto, há meninos e meninas que vieram da internação. Conforme a gerente de Proteção Social Especial da prefeitura, Mônica Mongruel, o programa contempla o acompanhamento da família e a inserção do adolescente no ensino e na geração de renda. Em Curitiba, programa semelhante também é desenvolvido. Os jovens são acompanhados pelas equipes dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).
A situação é desfavorável para a ressocialização do adolescente. Para a doutoranda em Sociologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) Ana Christina Brito Lopes, a solução estaria no tripé família, sociedade e poder público. Além disso, aponta, é preciso ter acompanhamento psicológico e de inserção nos estudos do adolescente egresso da internação. “Acontece de o adolescente sair da internação em período do ano em que as aulas já começaram”, atesta.
O promotor Mário Luiz Ramidoff, especialista na área de criança e adolescente, diz que para acabar com a repetição de delitos são necessárias pelo menos duas medidas: o apoio institucional do Estado às famílias que vão receber os egressos dos centros de socioeducação e atividades escolares em turno e contraturno.
Para a juíza da Vara da Infância e da Juventude de Ponta Grossa, Noeli Reback, a dependência química, detectada em 74,8% dos jovens internados, conforme o CNJ, também contribui significativamente para a reincidência.
Mesmo internados, 75% usam drogas
O adolescente que chega a uma unidade de internação no Brasil traz na bagagem um histórico de consumo de drogas, interrupção precoce dos estudos e uma formação familiar não convencional. Segundo o estudo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 74,8% dos adolescentes entrevistados faziam uso de entorpecentes antes da internação; estudaram, em média, até os 14 anos de idade; e 43% foram criados apenas pela mãe.
A maconha é a droga mais consumida pelos adolescentes em 89% dos casos de dependência relatados ao CNJ, seguida pela cocaína, com 43% de incidência. O crack aparece em 21% das respostas.
Os jovens que cometeram atos infracionais sabem ler e escrever, em 91% dos casos. Mas há diferenças regionais. No Nordeste, por exemplo, 20% dos internos são analfabetos, enquanto que nas Regiões Sul e Centro-Oeste esse índice cai para 1%.
A parcela mais expressiva de adolescentes, ou seja, 21%, estudou até a 5.ª série. O índice de jovens que concluiu o ensino fundamental também é baixo: varia de 8% no Centro-Oeste até 14% no Sudeste. Nos centros de socioeducação, eles têm o direito de estudar. Os estudos diários no internamento são relatados por 72,2% dos adolescentes.
Quando se remete à família, a maioria dos adolescentes autores de atos infracionais foi criada apenas pela mãe, em 43% dos casos, ou apenas pelo pai, em 4% das situações. Moraram com pai e mãe antes da internação apenas 38% dos entrevistados.
terça-feira, 17 de abril de 2012
sábado, 14 de abril de 2012
sexta-feira, 13 de abril de 2012
ANDI e Intervozes publicam documento sobre impacto da exposição de crianças a cenas de sexo e violência na TV
A Andi -Comunicação e
Direitos e o Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social
publicaram o documento “Mídia e infância: o impacto da exposição de
crianças e adolescentes a cenas de sexo e violência na televisão” que,
em dez páginas, faz o levantamento dos principais estudos elaborados em
diversos países sobre o tema. O estudo está disponível para leitura online ou para download (PDF).
A pesquisa apresenta estudos sobre os impactos da exposição de crianças e adolescentes a cenas televisivas de sexo e violência desenvolvidas há várias décadas em diversos países. A conclusão é que, majoritariamente, o contato regular de garotos e garotas com conteúdos inadequados pode levar a sérias consequências, como comportamentos de imitação, agressão, medo, ansiedade, concepções errôneas sobre a violência real e sexualização precoce.
O documento apresenta resultados de estudos realizados na Holanda, Canadá, Alemanha e Suécia, mas dedica a maioria de suas páginas a pesquisas realizadas nos Estados Unidos, onde, nos últimos 40 anos, foram realizadas mais de 3.500 pesquisas sobre os efeitos da violência na televisão sobre os espectadores.
Um dos estudos norte-americanos levantados pelo documento foi o longitudinal realizado por pesquisadores da Universidade de Michigan, que relaciona a exposição de crianças à violência na TV e seus comportamentos agressivos e violentos no início da fase adulta. A pesquisa mediu em 1977 os hábitos de 557 crianças de Chicago em relação aos meios de comunicação, especialmente ao consumo de programação televisiva violenta. Após 14 anos ouviu 329 daquelas crianças, já adultas, com idades entre 20 e 22 anos, e verificou que uma maior exposição a conteúdos violentos transmitidos pela tevê durante a infância foi capaz de predizer um maior nível de agressão na vida adulta, independentemente do quão agressivos os participantes eram quando crianças.
“O constatado pela equipe de pesquisa de Michigan é que mesmo crianças que não eram agressivas na infância – e de todos os estratos sociais – ao terem sido expostas a um volume expressivo de conteúdos televisivos violentos durante esse período acabaram por apresentar maior probabilidade de se tornarem adultos agressivos”, cita o documento.
A pesquisa apresenta estudos sobre os impactos da exposição de crianças e adolescentes a cenas televisivas de sexo e violência desenvolvidas há várias décadas em diversos países. A conclusão é que, majoritariamente, o contato regular de garotos e garotas com conteúdos inadequados pode levar a sérias consequências, como comportamentos de imitação, agressão, medo, ansiedade, concepções errôneas sobre a violência real e sexualização precoce.
O documento apresenta resultados de estudos realizados na Holanda, Canadá, Alemanha e Suécia, mas dedica a maioria de suas páginas a pesquisas realizadas nos Estados Unidos, onde, nos últimos 40 anos, foram realizadas mais de 3.500 pesquisas sobre os efeitos da violência na televisão sobre os espectadores.
Um dos estudos norte-americanos levantados pelo documento foi o longitudinal realizado por pesquisadores da Universidade de Michigan, que relaciona a exposição de crianças à violência na TV e seus comportamentos agressivos e violentos no início da fase adulta. A pesquisa mediu em 1977 os hábitos de 557 crianças de Chicago em relação aos meios de comunicação, especialmente ao consumo de programação televisiva violenta. Após 14 anos ouviu 329 daquelas crianças, já adultas, com idades entre 20 e 22 anos, e verificou que uma maior exposição a conteúdos violentos transmitidos pela tevê durante a infância foi capaz de predizer um maior nível de agressão na vida adulta, independentemente do quão agressivos os participantes eram quando crianças.
“O constatado pela equipe de pesquisa de Michigan é que mesmo crianças que não eram agressivas na infância – e de todos os estratos sociais – ao terem sido expostas a um volume expressivo de conteúdos televisivos violentos durante esse período acabaram por apresentar maior probabilidade de se tornarem adultos agressivos”, cita o documento.
Colegas da 79ª CIPM de Poções prestam homenagem a Soldado Ana Maria
Escrito por Liberdade FM |
Sex, 13 de Abril de 2012 17:16 |
Logo em seguida, houve o translado do
corpo para a cidade de Jequié, cidade natal da Soldado, onde ocorrerá o
velório. O sepultamento será na manhã deste sábado (14).
O cenário de emoção, tristeza, dor e os
momentos de consternação estavam estampados no rosto dos companheiros de
trabalho de Ana Maria e de toda a população que acompanhou a cerimônia
em frente ao Pelotão da Polícia Militar.
|
Poções: a soldado foi morta após Sargento tentar tirar a arma do coldre
Escrito por Liberdade FM |
Sex, 13 de Abril de 2012 15:27 |

Inicialmente, alguns colegas de Ana Maria afirmaram
que o tiro teria sido disparado pela própria soldado enquanto manuseava a arma.
Mas, no final da manhã de hoje, uma nova versão sobre o fato afirma que o
disparo que vitimou a soldado ocorreu quando o Sargento Luciano Reis Oliveira
tentou tirar o revólver calibre 38 do coldre de Ana Maria.
O tiro atingiu a cintura da soldado que foi,
imediatamente, encaminhada ao Hospital São Lucas, e, posteriormente, para o
Hospital em Vitória da Conquista, onde realizou-se uma cirurgia, mas Ana Maria
não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.
Após a apuração inicial, foi decretada a prisão do
sargento que será apresentado à Corregedoria da Polícia Militar em Salvador
para prestar os devidos esclarecimentos sobre o ocorrido.
Durante toda a manhã, o comandante da 79ª CIPM,
Major Carlos Augusto conversou com os policiais que estavam de plantão no
momento do ocorrido para elaborar o relatório que será encaminhado a
Corregedoria da PM.
Poções: Policial morre após disparo acidental
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Informe: Acompanhamento de Matérias Legislativas - PLS 278/2009
SENADO FEDERAL
Secretaria-Geral da Mesa
Acompanhamento de Matérias
As seguintes matérias de seu interesse sofreram ações em: 11/04/2012
SF PLS 00119 2008
Ementa: Altera a Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990 que "Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, e dá outras providências"....
09/04/2012 SSCLSF - SUBSEC. COORDENAÇÃO LEGISLATIVA DO SENADO
Situação: AGUARDANDO LEITURA PARECER (ES)
Aguardando leitura de pareceres da CCJ e CDH. Juntada, às fls. 148 a 153, legislação citada nos pareceres.
10/04/2012 ATA-PLEN - SUBSECRETARIA DE ATA - PLENÁRIO
Situação: AGUARDANDO INTERPOSIÇÃO DE RECURSO
Leitura do Pareceres: - nº 350, de 2012-CCJ, relator Senador Gim Argello, pela rejeição do PLS nº 119, de 2008, e pela aprovação do PLS nº 278, de 2009, nos termos das Emendas nºs 1 e 2-CCJ; e - nº 351, de 2012-CDH, relator Senador Gim Argello, pela rejeição do PLS nº 119, de 2008, e pela aprovação do PLS nº 278, de 2009, nos termos das Emendas nºs 1 e 2-CCJ/CDH. A Presidência comunica o recebimento do Ofício nº 214/2012, do Presidente da CDH, comunicando a aprovação do PLS nº 278, de 2009, c...
11/04/2012 SSCLSF - SUBSEC. COORDENAÇÃO LEGISLATIVA DO SENADO
Prazo para interposição de recurso: 12/04/2012 a 18/04/2012.
Ementa: Altera os arts. 132, 134 e 139 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), relativos aos conselhos tutelares....
09/04/2012 SSCLSF - SUBSEC. COORDENAÇÃO LEGISLATIVA DO SENADO
Situação: AGUARDANDO LEITURA PARECER (ES)
Aguardando leitura de pareceres da CCJ e CDH. Juntada, às fls. 177 a 182, legislação citada nos pareceres.
10/04/2012 ATA-PLEN - SUBSECRETARIA DE ATA - PLENÁRIO
Situação: AGUARDANDO INTERPOSIÇÃO DE RECURSO
Leitura do Pareceres: - nº 350, de 2012-CCJ, relator Senador Gim Argello, pela rejeição do PLS nº 119, de 2008, e pela aprovação do PLS nº 278, de 2009, nos termos das Emendas nºs 1 e 2-CCJ; e - nº 351, de 2012-CDH, relator Senador Gim Argello, pela rejeição do PLS nº 119, de 2008, e pela aprovação do PLS nº 278, de 2009, nos termos das Emendas nºs 1 e 2-CCJ/CDH. A Presidência comunica o recebimento do Ofício nº 214/2012, do Presidente da CDH, comunicando a aprovação do PLS nº 278, de 2009, c...
11/04/2012 SSCLSF - SUBSEC. COORDENAÇÃO LEGISLATIVA DO SENADO
Prazo para interposição de recurso: 12/04/2012 a 18/04/2012.
TOTAL: 2
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Professores decretam greve por tempo indeterminado na Bahia
Após a reunião, categoria seguiu em passeata pelo centro da cidade.
Assembleia foi realizada na manhã desta quarta-feira (11), em Salvador.
Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (11), em Salvador,
professores da rede estadual de ensino da Bahia decretaram greve por
tempo indeterminado no estado. A categoria alega que o governo não
cumpriu o acordo de reajuste de 22,22% no piso nacional.
Os 32.584 professores licenciados (integrantes da carreira do
magistério estadual) já recebem salário acima do piso nacional no valor
de R$ 1.586,06, além de gratificações, em consequência do reajuste de
6,5% dado a todo o funcionalismo estadual. Já os 5.210 professores não
licenciados, que lecionam no ensino médio, estão com os salários abaixo
do piso nacional.
De acordo com o governo do estado, será enviado à Assembleia
Legislativa, ainda nesta qarta-feira, um projeto de lei que prevê o
cumprimento do piso nacional para esses profissionais, que têm recebido
salário abaixo dos R$ 1.451 pagos a outras carreiras. Com isso, o
governo afirma que toda a categoria da rede estadual receberá o piso
estabelecido pela lei.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia
(APLB), professor Rui Costa, informou que pouco depois das 10h, ao final
da reunião, os profissionais seguiram em passeata pelo centro da
cidade, partindo do bairro de Nazaré. Segundo o sindicalista,
representantes de 80 municípios participaram da assembleia. As aulas
devem ser suspensas a partir de quinta-feira (12).
Os professores marcaram para quarta-feira (18) uma manifestação na sede
da governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.
Fonte:G1/BA
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