Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A partir de 2013, a cidade do Rio de Janeiro vai
ter um serviço de atendimento à saúde adequado para usuário de álcool e
outras drogas. O anúncio foi feito hoje (11) pelo secretário municipal
de Saúde, Hans Dohmann, que participou da audiência pública Crack:
Prevenção, Resgate e Cuidados Especializados em Saúde Mental, promovida
pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ).
De acordo com o secretário, o município ampliou o atendimento básico
e agora vai melhorar o atendimento especializado ao usuário de drogas.
“Estamos na fase dos termos finais para fazer o anúncio de um plano
municipal para o atendimento mais adequado para lidar com essa
situação”, disse.
Dohmann declarou ainda que os debates e trocas de ideia na audiência
serão levados em conta na elaboração do plano. “O plano está prestes a
ser anunciado, mas ainda não está 100% concluído. Ele estará sintonizado
com as políticas definidas pelo Ministério da Saúde e com os marcos
legais que regulam essa ação e esse tipo de atendimento, além de ser
coerente com os aspectos técnicos colocados pelos especialistas da
área”.
Segundo o secretário, o Plano Municipal de Atendimento ao Usuário de
Crack e Outras Drogas deve ser anunciado ainda este ano.“Não temos
expectativa, no tocante à saúde, de trazer nenhuma novidade bombástica.
Mas o que a gente pretende é aplicar as políticas com qualidade, de
forma que elas sejam as mais resolutivas possíveis. Que a gente possa
ter um processo de expansão dos serviços de atenção primária e de
atenção especializada adequado para a vida com esse cenário que a
sociedade nos coloca”.
A titular da 3ª promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Saúde do
MP-RJ, Anabelle Macedo Silva, explicou que o objetivo da audiência foi
colocar os gestores públicos para trocar ideias e unir forças no
enfrentamento do problema.
“O ponto concreto principal da audiência pública é que haverá a
apresentação, pelo município, de um plano municipal contemplando
cuidados especializados em saúde mental, já absorvendo essas informações
que hoje circularam aqui na audiência pública”, disse.
Participaram da audiência gestores públicos municipais, estaduais e
federais, especialistas de universidades e conselhos e membros da
sociedade civil.
De acordo com Anabelle, é consenso entre os especialistas e gestores que, para melhorar a atenção ao usuário de crack
e outras drogas, é preciso ampliar a rede de atendimento
extra-hospitalar, como os centros de Atenção Psicossocial (CAPs), além
de incluir questões correlatas, como moradia, educação e geração de
renda.
Edição: Aécio Amado
Fonte: Agência Brasil
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