Ele ganhou novo coração, após conviver com órgão artificial.
Menino vai ficar na UTI por no mínimo 30 dias.
Patrick passou por cirurgia para transplante de
coração (Foto: Reprodução / TV Globo)
coração (Foto: Reprodução / TV Globo)
"Foi um sucesso”, assim o médico Andrey Monteiro classificou o
transplante de coração do menino Patrick Hora Alves, de 10 anos. A
cirurgia durou cerca de cinco horas e ocorreu na tarde desta sexta-feira
(15), no Instituto Nacional de Cardiologia (INC), em Laranjeiras, na
Zona Sul do Rio. Patrick foi a primeira criança do Brasil a conviver com
um coração artificial por 30 dias.
Segundo o cardiologista do hospital, Alexandre Siciliano, o transplante
renova a esperança da família de Patrick. O especialista falou que o
menino poderá seguir o sonho de se tornar um jogador de futebol. No
entanto, o médico explicou que o paciente ficará no mínimo 30 dias
internado na Unidade de Terapia Intensiva pediátrica do hospital.
A doadora foi uma mulher de 37 anos, moradora de Volta Redonda, no Sul
Fluminense. Segundo a assessoria do hospital, o coração chegou ao Rio de
helicóptero.
Patrick recebeu o coração artificial em março. Segundo o INC, o
dispositivo fica localizado fora do corpo. De acordo com médicos,
Patrick poderia ficar com o coração artificial por três meses.
“Primeiro, eu quero agradecer a família que doou ao Patrick esse
coração novo. Eu sei que é um momento difícil para eles, mas para mim
também está sendo difícil. Quero gradecer a Deus e a eles e que isso
possa confortá-los”, disse Suely Alves, mãe do menino, nesta
sexta-feira.
Polícia apura se doadora de coração morreu após agressão de filha
A Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Volta Redonda, no Sul
Fluminense, apura se a mulher que teve o coração doado ao menino Patrick
morreu após ser agredida pelo companheiro e pela filha de 18 anos.
De acordo com a delegada titular da Deam, Izabel Cristina Leite, os
dois foram detidos nesta sexta-feira (15) e prestam depoimento na
delegacia. Segundo a polícia, a agressão ocorreu na segunda-feira (11) e
a vítima, de 37 anos, estava internada desde então.
Segundo a delegada, num depoimento informal, o suspeito teria
confessado que já teve um relacionamento com a jovem, mas tudo teria
acabado há dois meses. Já a jovem negou qualquer relacionamento com o
padrasto e também negou que ela e o suspeito sejam os agressores.
De acordo com a polícia, uma filha de 15 anos da vítima, ao saber que a
mãe teve morte cerebral na quinta-feira (14), relatou a agressão a
policiais. A polícia informou ainda, que, segundo relato da jovem, a mãe
teria ligado no momento em que estava sendo agredida para pedir ajuda. A
mãe teria ido ao local de trabalho do companheiro, com quem vivia há 9
anos, para falar da desconfiança dele ter um caso com a filha dela de 18
anos, e ao chegar ao local, teria encontrado os dois juntos e teria
sofrido a agressão.
A jovem de 18 anos, que não morava com a mãe, foi detida nesta sexta,
perto de onde mora. Já o padrasto, de 47 anos, foi detido na rodoviária
da cidade, também nesta sexta. A polícia já entrou com pedido de prisão
preventiva contra os dois suspeitos.
A delegada disse que outros parentes confirmaram a desconfiança da
vítima de que o suspeito estaria mantendo um relacionamento com a filha
da companheira, e contaram que a vítima seria ameaçada por ele.
A polícia também informou que foi a irmã da vítima que autorizou a doação do órgão.
Fonte: G1
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