O Hospital Municipal de Itamaraju (HMI) é acusado de mais um ato de
negligência que culminou na morte de uma criança. A mãe, até as 13h45 da
tarde de hoje, esperava atendimento médico no corredor do hospital,
carregando no ventre um bebê que, segundo exame de ultrasonografia, já
está morto. A família acusa o HMI de negligência e promete mover ação
judicial contra o Poder Público Municipal, responsável pela manutenção
do órgão.
De acordo com o índio, Eduardo Silva Santos, de 48 anos, a filha
dele, Cíntia da Silva Santos, de 17 anos, após os 9 meses de gestação,
esteve por duas vezes no HMI após a data prevista para o parto. Segundo
ele, aos 7 meses de gestação foram realizadas duas ultrasonografias e
ficou constatado que o parto deveria ser realizado até 21 de janeiro,
normal ou por procedimento cirúrgico cesariano. Entretanto, o HMI
dispensou a gestante no dia 21 e posteriormente no dia 28, afirmando que
as contrações viriam até o dia 04 de fevereiro. A mesma data (04 de
fevereiro), teria sido confirmada por uma médica que atende a comunidade
indígena Trevo do Parque.
Nesta segunda-feira (04), a gestante chegou ao HMI, sem sentir as
contrações, e a equipe médica identificou que o coração da criança
estava parado. Outra ultrasonografia foi solicitada e constatou-se que a
criança estava morta. De acordo com o Eduardo, a clínica responsável
pelo exame afirmou que a morte do bebê ocorreu porque a criança passou
da data prevista para nascer.
Até o fechamento desta matéria, a mãe continuava sentada no corredor
do HMI, com o filho morto no ventre, esperando o médico voltar do almoço
para o procedimento cirúrgico que retirará o corpo da criança do útero
materno. Cíntia esperava um bebê do sexo masculino e ainda não tinha
escolhido o nome da criança.
Fonte: Portal N3
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