sábado, 2 de fevereiro de 2013

Foliões são conclamados a “soltar a voz” contra a violência sexual e o trabalho infantil no Carnaval

Assessoria de Comunicação Social        Classificação da Notícia: Infância e Juventude
01/02/2013 15:21:56
Redatora: Aline D'Eça (MTb-BA 2594)

Foliões são conclamados a “soltar a voz” contra a
violência sexual e o trabalho infantil no Carnaval

O Carnaval da Bahia, maior festa popular do planeta, mobiliza todos os anos milhões de foliões que saem às ruas em busca de diversão. Mas há aqueles que se aproveitam da folia para praticar crimes contra as crianças e adolescentes, como a violência sexual e o trabalho infantil. Para chamar a atenção de baianos e turistas e convidá-los à luta contra esta triste realidade, foi lançada na manhã de hoje, dia 1º, em Salvador, a campanha ‘Solte a Voz neste Carnaval – Denuncie a violência sexual e o trabalho infantil. Disque 100’. Promovida conjuntamente pelo Governo do Estado da Bahia, Ministério Público estadual (MPE), Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil (Fetipa) e Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedeca), a campanha foi lançada em um evento no auditório da Fundação Luís Eduardo Magalhães, no CAB, com a presença da ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário; do governador da Bahia, Jaques Wagner; do procurador-geral de Justiça Wellington César Lima e Silva; do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo, dentre outras autoridades.

As peças publicitárias da campanha, que serão distribuídas em pontos estratégicos de entrada e concentração de turistas e foliões – como o aeroporto, rodoviária, ferry boat, postos de pedágio, hotéis, blocos, camarotes etc. –, foram apresentadas pelo diretor da agência de publicidade responsável pelo projeto, Fernando Passos. Além das peças, será realizado um conjunto de ações preventivas, voltadas à garantia da proteção das crianças e adolescentes em situação de risco social e pessoal, e repressivas, de combate às violações de direito. “A campanha se sustenta em dois eixos: o preventivo, de esclarecimento e sensibilização, e o protetivo, de acolhimento das crianças vítimas de abusos”, explicou a secretária estadual de Desenvolvimento Social, Mara Moraes. O coordenador do Comitê Estadual de Enfretamento à Violência Sexual, Waldemar Oliveira, completou informando que foi construído um fluxo de proteção da criança e do adolescente, que orientará como a Polícia Militar e os demais atores devem agir nos casos de denúncias.

“Por ter uma característica mobilizadora, campanhas como esta servem para exercitamos o empoderamento da cidadania e para viabilizar que haja cada vez mais uma sensibilização para indignação da população no que diz respeito a essas práticas violadoras dos direitos humanos”, observou o procurador-geral de Justiça Wellington César Lima e Silva, salientando que o Ministério Público participa diuturnamente deste esforço. “Mais que denunciar é preciso estarmos permanentemente mobilizados para nos indignarmos e enfrentarmos essas questões que, ao afrontar os direitos humanos das crianças e adolescentes, atingem a todos nós”, pontuou. Segundo a ministra Maria do Rosário, para combater essas violências é preciso antes de tudo reconhecer que elas existem. “A violência sexual e o trabalho infantil existem, e nós precisamos agir”, afirmou ela, informando que, no Brasil, em 2012, foram registrados 120.344 telefonemas para o ‘Disque 100’ denunciando a violência contra crianças e adolescentes, sendo 40 mil de violência sexual. Da Bahia, foram registradas 16 mil denúncias. “Isso não significa que o crime está crescendo, mas que a população está cada dia mais consciente sobre a importância de denunciar”, explicou Maria do Rosário, destacando que “a Bahia é um exemplo de mobilização e combate a esses crimes”.

A ministra citou, ainda, um convênio firmado recentemente com o procurador-geral da Bahia e com todos os PGJs, no Conselho Nacional de Procuradores Gerais (CNPG), que permitiu a interligação do ‘Disque 100’ a todas as centrais de atenção à criança e ao adolescente dos Ministérios Públicos. “Os registros dos atendimentos são transcritos e imediatamente enviados ao MP e aos Conselhos Tutelares que tiverem um computador”, informou a ministra. Também participaram do evento a presidente do Fetipa, Arielma Galvão, a subdefensora-geral Liliana Cavalcante, o vereador Waldir Pires, a coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente do MP (Caoca), promotora de Justiça Eliana Bloizi, a presidente das Voluntárias Sociais Fátima Mendonça, dentre outras autoridades, promotores de Justiça, deputados, vereadores e conselheiros tutelares.
 

ASCOM/MP – Telefones: (71) 3103-0446/ 0449/ 0448/ 0499/ 6502

Fonte: MPBA

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