Fotos: Luana Rios |
Iraildes é fornecedora de quentinhas e mora
no bairro Jardim Esperança, em Salvador. O filho dela é um dos 16
jovens que cumprem medidas socioeducativas, em meio aberto, este ano, na
Defensoria Pública da Bahia. Assim como Iraildes, as mães desses
adolescentes compareceram, na tarde desta quarta-feira (07), à sede
administrativa da Instituição para compartilhar experiências sobre a
participação dos filhos no cumprimento das medidas.
A
defensora pública e diretora da Escola Superior da Defensoria (Esdep),
Sonia Santana, iniciou as atividades ao falar sobre a importância da
oportunidade para os jovens. "Errar todos nós erramos, o imprescindível é
querer recomeçar. Cada um precisa fazer sua parte e a Defensoria está
de braços abertos para recebê-los", incentivou. De acordo com dados da
Esdep, seis adolescentes terminarão de cumprir as medidas
socioeducativas este mês.
No segundo momento, as mães
compartilharam a trajetória dos adolescentes no descumprimento da lei.
"Minha filha namorava um rapaz envolvido no tráfico. Ela foi pega com
drogas na mochila duas vezes", contou a cuidadora de idosos, cuja filha,
hoje, está grávida de cinco meses. Já Iraildes, apesar de acreditar que
o filho de 18 anos não teve envolvimento no crime, acompanha de perto o
cumprimento da medida do jovem. "Ele é um menino bom, mas já que ficou
decidido assim, quero que ele cumpra tudo direitinho e fique correto com
a lei", relatou a mãe.
Para a assistente social do Núcleo de
Apoio Psicossocial da Defensoria (NAP), Roselita Ferreira, o encontro
marca o fortalecimento do vínculo entre as famílias dos jovens e a
Defensoria Pública. "É importante saber o que as mães estão achando
sobre o trabalho que fazemos, quais são as dificuldades e em que podemos
aperfeiçoar", destacou Roselita.
Cumprimento de Medidas Socioeducativas -
O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê aos adolescentes em
conflito com a lei o direito de cumprir medidas socioeducativas em meio
aberto. Através da parceria com a Fundação Cidade Mãe, esses jovens
encontram na Defensoria a oportunidade de recomeçar. Duas vezes ao ano,
eles são encaminhados pela Fundação para desempenharem atividades na
Instituição. A proposta de estágio é desenvolvida pela Esdep e pelo NAP,
que acompanha a realização do estágio.
Por Luana Rios / estagiária
Nenhum comentário:
Postar um comentário