Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
De acordo com o secretário executivo da pasta, Luiz Paulo Barreto, a
expectativa do governo foi atendida. “Faremos uma nova campanha, talvez
aperfeiçoando alguns pontos, mas mantendo o anonimato, a capilaridade, a
agilidade do pagamento e a inutilização das armas. Precisamos e
queremos ampliar o número de postos de arrecadação”.
O balanço da campanha divulgado hoje mostra que os revólveres são a
maior parte das armas entregues, 18 mil. Também foram recolhidas 7,6 mil
armas de grande porte, sendo 5 mil espingardas, 500 rifles, 95 fuzis,
cinco metralhadoras, entre outras.
As armas de grande porte representam 20% do total de armas recolhidas.
“O anonimato provocou a devolução de armas de grande porte, o que é
inédito. Muitas vezes o cidadão comprava de maneira clandestina e, por
medo da origem da arma, não fazia a devolução”, disse Barreto.
De acordo com o Ministério da Justiça, foram pagos R$ 3,5 milhões em
indenizações pelos armamentos. A entrega pode resultar em indenizações
entre R$ 100 e R$ 300 dependendo do tipo da arma. O orçamento da
campanha deste ano foi R$ 9 milhões. Segundo Barreto, a mesma quantia
deve ser destinada a campanha em 2012.
“O ministro resolveu colocar um aporte de recursos grande. Não
poderíamos deixar faltar recursos em nenhum momento da campanha.
Colocamos um valor superestimado porque se tivéssemos maior adesão da
população, esses recursos não faltariam”.
A campanha pelo desarmamento está presente em 25 estados, onde existem
1,9 mil postos de coleta de armas. Ao entregá-las, o cidadão não precisa
declarar a origem, e depois recebe remuneração, conforme o tipo da
arma.
Estão em funcionamento nos estados 1.886 postos de entrega de armas,
cadastrados pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, pelo Corpo
de Bombeiros e pela Guarda Municipal. Para isso, o cidadão precisa
pedir à Polícia Federal uma guia de trânsito para conduzir o armamento e
não é exigida a comprovação da origem da arma.
Edição: Rivadavia Severo
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