quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Retrospectiva 2011: Fatos que fizeram – ou farão – diferença na vida das famílias brasileiras

CRESCER selecionou 10 momentos que de alguma forma influenciaram o dia a dia dos pais, mães e crianças


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A primeira rede social infantil com personagens brasileiros
Quando Monteiro Lobato criou as histórias do Sítio do Picapau Amarelo, no começo do século 20, talvez ele nem imaginasse até onde seu pó de pirlimpimpim poderia levar seus personagens. Eles foram parar no Mundo do Sítio, uma rede social infantil genuinamente brasileira, que mantêm viva a obra de Lobato. Nesse portal voltado para crianças de 5 a 10 anos, os internautas poderão se divertir em jogos e atividades educativos, ouvir capítulos dos livros de Lobato, saber mais sobre o autor e ainda conversar com outros colegas, todos protegidos pelo uso de um avatar, o único meio da criança conseguir se inscrever para brincar.

Massacre de Realengo
No dia 7 de abril, Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, chocou o Brasil ao invadir armado a Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro. Ele disparou inúmeras vezes contra as crianças que lá estudavam, muitas ficaram feridas e doze morreram. Ao ser interceptado pela polícia, o atirador cometeu suicídio, deixando para trás um rastro de sangue, tristeza e uma série de perguntas sem respostas. Uma das hipóteses foi de que o atirador teria sofrido bullying naquela escola e resolvera se vingar, trazendo à discussão esse assunto em todas as famílias e escolas do país.

Mamaço coletivo
 
No final de março, a antropóloga Marina Barão foi proibida de amamentar seu filho mais novo dentro do Itaú Cultural, em São Paulo. A proibição a deixou perplexa, e a notícia acabou se espalhando nas redes sociais, o que resultou em uma manifestação nada convencional. Algumas amigas de Marina e mais mulheres solidárias a causa foram até o Itaú Cultural, em maio, e juntas deram de mamar a seus filhos em um ato de protesto.

Licença-maternidade maior para mães de prematuros
Foi com esse entusiasmo que as mães de prematuros receberam, em agosto, a notícia da aprovação do aumento da licença-maternidade para além dos 120 dias já garantidos pela Constituição. O objetivo é ampliar pelo tempo que for necessário o pagamento do salário-maternidade para as mães que tiverem filhos prematuros extremos, além dos quatro meses já assegurados pela Constituição Federal. O projeto foi aprovado por unanimidade e é possível que o mesmo ocorra, em breve, na Câmara dos Deputados. 
Crianças sem gênero
Também em agosto, um casal suíço causou polêmica e virou notícia no mundo inteiro este ano ao resolver criar seu bebê sem lhe dar um rótulo masculino ou feminino. O bebê se chama Pop, é vestido com calças ou saias, e só cinco pessoas sabem seu sexo. Um pouco distante dali, a experiência está sendo feita também – não com menos holofotes - por um casal canadense, que cria uma criança de um jeito parecido. As duas famílias fazem parte de uma nova geração que quer acabar com estereótipos, e pregam um equilíbrio maior entre os sexos.

Mamadeiras sem bisfenol A
Mamadeiras que contenham bisfenol A não poderão mais ser fabricadas e comercializadas no Brasil. As empresas devem paralisar a fabricação até o dia 31 de dezembro de 2011 para vender os produtos que estão estocados. Essa determinação foi baseada em estudos recentes que indicam que o BPA, substância presente no material mais utilizado na fabricação de mamadeiras, oferece diversos riscos à saúde. Crianças de 0 a 12 meses são as maiores vítimas potenciais, porque, no primeiro ano de vida, o organismo delas ainda não é capaz de eliminar a substância, que é liberada em maior quantidade quando a mamadeira é aquecida ou quando colocamos algo quente dentro dela.

Toddynho provoca queimaduras
Após causar queimaduras na boca de 29 pessoas no Rio Grande do Sul, em setembro, o achocolatado foi analisado e constataram que pH dos produtos era de 13,3, índice que se aproxima ao de materiais como água sanitária e soda cáustica. Em comunicado oficial, a PepsiCO, empresa que fabrica o produto, informou que houve uma falha durante a fabricação de 80 unidades de 200ml do achocolatado Toddynho® Original, comercializadas na região metropolitana de Porto Alegre. 

Mães e Trabalho
Em 2011, a CRESCER realizou uma pesquisa pela internet com mais de 5 mil mães, acompanhou a rotina de três famílias e entrevistou outras dezenas de mulheres, além de pais, especialistas, políticos e empresários. O resultado desse perfil inédito das mães brasileiras foi revelado em novembro, trazendo dados como: 72% dessas mulheres sentem culpa por trabalhar fora e, se pudessem, 62% abririam mão da carreira. Mas enquanto isso não é possível, elas se desdobram para dar conta de tudo: 37% passam mais de cinco horas por dia com os filhos e 45 % delas dividem as tarefas com os maridos. 

Filmes que marcaram o ano
Carros 2, um dos filmes mais aguardados do ano, correspondeu às expectativas. Nesta segunda animação Relâmpago McQueen viajou mundo a fora ao lado de novos personagens. Na versão dublada o piloto Emerson Fittipaldi e a cantora Cláudia Leitte emprestaram suas vozes a personagens. Os Muppets também voltaram às telonas. Com musicais e falas deliciosamente sem sentido e participações de várias celebridades, a turma de bonecos mais famosa do mundo contou sua própria história em filme lançado pela Disney. Uma das maiores surpresas do ano, Rio, do brasileiro Carlos Saldanha, retrata de forma otimista a cidade mais turística do nosso país com direito a cenas lindíssimas de todos os cartões postais: o Cristo Redentor, os Arcos da Lapa, o Bondinho do Pão de Açúcar...

Lei da Palmada
Após muita discussão, a Lei da Palmada foi aprovada, em dezembro, pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados. O projeto prevê que pais que maltratarem os filhos sejam encaminhados ao Programa Oficial de Proteção à Família e a cursos de orientação, tratamento psicológico ou psiquiátrico, além de receberem advertência. "O objetivo da Lei da Palmada é educar, não punir", disse Teresa Surita (PMDB-RR), relatora do projeto, em entrevista à CRESCER. Com a aprovação pela Câmara, os parlamentares da Casa agora têm um prazo para se manifestar sobre a necessidade de votação em plenário. Caso a votação pela comissão seja considerada conclusiva, o projeto irá diretamente para o Senado.

Fonte: CRESCER

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