CRESCER selecionou 10 momentos que de alguma forma influenciaram o dia a dia dos pais, mães e crianças
A primeira rede social infantil com personagens brasileiros
Quando
Monteiro Lobato criou as histórias do Sítio do Picapau Amarelo, no
começo do século 20, talvez ele nem imaginasse até onde seu pó de
pirlimpimpim poderia levar seus personagens. Eles foram parar no Mundo
do Sítio, uma rede social infantil genuinamente brasileira, que mantêm
viva a obra de Lobato. Nesse portal voltado para crianças de 5 a 10
anos, os internautas poderão se divertir em jogos e atividades
educativos, ouvir capítulos dos livros de Lobato, saber mais sobre o
autor e ainda conversar com outros colegas, todos protegidos pelo uso de
um avatar, o único meio da criança conseguir se inscrever para
brincar.
Massacre de Realengo
Massacre de Realengo
No
dia 7 de abril, Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, chocou o
Brasil ao invadir armado a Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio de
Janeiro. Ele disparou inúmeras vezes contra as crianças que lá
estudavam, muitas ficaram feridas e doze morreram. Ao ser interceptado
pela polícia, o atirador cometeu suicídio, deixando para trás um rastro
de sangue, tristeza e uma série de perguntas sem respostas. Uma das
hipóteses foi de que o atirador teria sofrido bullying naquela escola e
resolvera se vingar, trazendo à discussão esse assunto em todas as
famílias e escolas do país.
Mamaço coletivo
No
final de março, a antropóloga Marina Barão foi proibida de amamentar
seu filho mais novo dentro do Itaú Cultural, em São Paulo. A proibição a
deixou perplexa, e a notícia acabou se espalhando nas redes sociais, o
que resultou em uma manifestação nada convencional. Algumas amigas de
Marina e mais mulheres solidárias a causa foram até o Itaú Cultural, em
maio, e juntas deram de mamar a seus filhos em um ato de protesto.
Licença-maternidade maior para mães de prematuros
Foi
com esse entusiasmo que as mães de prematuros receberam, em agosto, a
notícia da aprovação do aumento da licença-maternidade para além dos
120 dias já garantidos pela Constituição. O objetivo é ampliar pelo
tempo que for necessário o pagamento do salário-maternidade para as
mães que tiverem filhos prematuros extremos, além dos quatro meses já
assegurados pela Constituição Federal. O projeto foi aprovado por
unanimidade e é possível que o mesmo ocorra, em breve, na Câmara dos
Deputados.
Também
em agosto, um casal suíço causou polêmica e virou notícia no mundo
inteiro este ano ao resolver criar seu bebê sem lhe dar um rótulo
masculino ou feminino. O bebê se chama Pop, é vestido com calças ou
saias, e só cinco pessoas sabem seu sexo. Um pouco distante dali, a
experiência está sendo feita também – não com menos holofotes - por um
casal canadense, que cria uma criança de um jeito parecido. As duas
famílias fazem parte de uma nova geração que quer acabar com
estereótipos, e pregam um equilíbrio maior entre os sexos.
Mamadeiras sem bisfenol A
Mamadeiras
que contenham bisfenol A não poderão mais ser fabricadas e
comercializadas no Brasil. As empresas devem paralisar a fabricação até o
dia 31 de dezembro de 2011 para vender os produtos que estão
estocados. Essa determinação foi baseada em estudos recentes que
indicam que o BPA, substância presente no material mais utilizado na
fabricação de mamadeiras, oferece diversos riscos à saúde. Crianças de 0
a 12 meses são as maiores vítimas potenciais, porque, no primeiro ano
de vida, o organismo delas ainda não é capaz de eliminar a substância,
que é liberada em maior quantidade quando a mamadeira é aquecida ou
quando colocamos algo quente dentro dela.
Toddynho provoca queimaduras
Toddynho provoca queimaduras
Após
causar queimaduras na boca de 29 pessoas no Rio Grande do Sul, em
setembro, o achocolatado foi analisado e constataram que pH dos produtos
era de 13,3, índice que se aproxima ao de materiais como água
sanitária e soda cáustica. Em comunicado oficial, a PepsiCO, empresa
que fabrica o produto, informou que houve uma falha durante a
fabricação de 80 unidades de 200ml do achocolatado Toddynho® Original,
comercializadas na região metropolitana de Porto Alegre.
Mães e Trabalho
Em
2011, a CRESCER realizou uma pesquisa pela internet com mais de 5 mil
mães, acompanhou a rotina de três famílias e entrevistou outras dezenas
de mulheres, além de pais, especialistas, políticos e empresários. O
resultado desse perfil inédito das mães brasileiras foi revelado em
novembro, trazendo dados como: 72% dessas mulheres sentem culpa por
trabalhar fora e, se pudessem, 62% abririam mão da carreira. Mas
enquanto isso não é possível, elas se desdobram para dar conta de tudo:
37% passam mais de cinco horas por dia com os filhos e 45 % delas
dividem as tarefas com os maridos.
Filmes que marcaram o ano
Carros 2, um dos filmes mais aguardados do ano, correspondeu às
expectativas. Nesta segunda animação Relâmpago McQueen viajou mundo a
fora ao lado de novos personagens. Na versão dublada o piloto Emerson
Fittipaldi e a cantora Cláudia Leitte emprestaram suas vozes a
personagens. Os Muppets também voltaram às telonas. Com musicais e falas
deliciosamente sem sentido e participações de várias celebridades, a
turma de bonecos mais famosa do mundo contou sua própria história em
filme lançado pela Disney. Uma das maiores surpresas do ano, Rio, do
brasileiro Carlos Saldanha, retrata de forma otimista a cidade mais
turística do nosso país com direito a cenas lindíssimas de todos os
cartões postais: o Cristo Redentor, os Arcos da Lapa, o Bondinho do Pão
de Açúcar...
Lei da Palmada
Após
muita discussão, a Lei da Palmada foi aprovada, em dezembro, pela
Comissão Especial da Câmara dos Deputados. O projeto prevê que pais que
maltratarem os filhos sejam encaminhados ao Programa Oficial de
Proteção à Família e a cursos de orientação, tratamento psicológico ou
psiquiátrico, além de receberem advertência. "O objetivo da Lei da
Palmada é educar, não punir", disse Teresa Surita (PMDB-RR), relatora do
projeto, em entrevista à CRESCER. Com a aprovação pela Câmara, os
parlamentares da Casa agora têm um prazo para se manifestar sobre a
necessidade de votação em plenário. Caso a votação pela comissão seja
considerada conclusiva, o projeto irá diretamente para o Senado.
Fonte: CRESCER
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