terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Em entrevista o ex-conselheiro Marcos fala da sua experiênica como membro do Conselho Tutelar de Poções e parabeniza a equipe pelos trabalhos desenvolvidos

 Foto: Ex-conselheiro Marcos e Ivani, Conselheira Tutelar Suplente e Apresentadora do Programa


O Programa do Conselho Tutelar de Poções, transmitido semanalmente às quintas-feiras, a partir das 16 horas, pela Rádio Comunitária Liberdade FM 87,9, entrevistou, no último dia 24 de novembro, Marcos, ex-Conselheiro Tutelar que atualmente exerce a função de Agente Comunitário de Saúde no Município; é integrante do Conselho Municipal de Saúde; membro da Associação Estadual dos Conselheiros Tutelares e Ex-conselheiros tutelares da Bahia (ACTEBA); acadêmico de Serviço Social; proprietário do BLOG PRISMA POÇÕES e que possui diversos cursos na área da infância e juventude.

A temática aborda no programa foi referente ao Dia Nacional do Conselheiro Tutelar, comemorado no último dia 18. A princípio, o ex-conselheiro fez um breve comentário sobre sua experiência como membro do Colegiado do Conselho Tutelar de Poções. Segundo ele, foi uma experiência gratificante, que o fez crescer profissionalmente, mas mais do que isso tornou-o mais humano, pois até então ele se sensibilizava com as questões sociais envolvendo crianças e adolescentes, porém não as sentiam de forma tão próxima assim. Portanto, através do Conselho Tutelar, ele convivia diretamente com cada problema e, juntamente com a equipe, não media esforços buscando resolvê-los, de acordo as atribuições estabelecidas pelo ECA, requisitando dos órgãos competentes a resolução dos referidos casos. Cobrando urgência para a solução e também denunciando às autoridades competentes as violações, haja vista que criança e adolescentes são prioridade absoluta.
Quanto ao Dia do Conselheiro Tutelar ele lamentou que a data tenha passado em branco no município, pois o órgão desenvolve um excelente trabalho e é visto como referência na região, mas infelizmente “santos de casa não fazem milagres”. Toda a Bahia reconhece o trabalho do Conselho Tutelar de Poções, o que infelizmente parte da comunidade local e muitas autoridades ainda não perceberam. Mas acredito que isso não é totalmente ruim assim, pois “o Conselho Tutelar só é mal visto porque combate as injustiças sociais, portanto é criticado por quem prefere que tais injustiças permaneçam debaixo do tapete”.

Abordou ainda que muitas vezes as pessoas, por conta da mídia, acusam os Conselheiros Tutelares de passarem a mão na cabeça de adolescentes infratores. O que, segundo ele, se dá por falta de conhecimento do que diz o Estatuto da Criança e do Adolescente, tanto normatizando a função dos pais, do Poder Público, quanto da própria comunidade. Pois geralmente, por falta de conhecimento só nos lembramos das crianças e adolescentes quando se envolvem em problemas, mas não paramos para entender porque se envolveram, o que faltou na formação dos mesmos por parte da família, da sociedade e do Poder Público, porque ninguém nasce bandido, mas o meio social e a falta de perspectiva, mesmo não justificando, influência. Assim, a falta de políticas públicas inclusivas acaba excluindo-os e os jogando nos braços do tráfico.

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