Foto:
Ex-conselheiro Marcos e
Ivani, Conselheira Tutelar Suplente e Apresentadora do Programa
O
Programa do Conselho Tutelar de Poções, transmitido
semanalmente às quintas-feiras, a partir das 16 horas, pela Rádio
Comunitária
Liberdade FM 87,9, entrevistou, no último dia 24 de novembro, Marcos,
ex-Conselheiro Tutelar que atualmente exerce a função de Agente
Comunitário de
Saúde no Município; é integrante do Conselho Municipal de Saúde; membro
da
Associação Estadual dos Conselheiros Tutelares e Ex-conselheiros
tutelares da
Bahia (ACTEBA); acadêmico de Serviço Social; proprietário do BLOG PRISMA
POÇÕES
e que possui diversos cursos na área da infância e juventude.
A
temática aborda no programa foi referente ao Dia Nacional
do Conselheiro Tutelar, comemorado no último dia 18. A princípio, o
ex-conselheiro fez um breve comentário sobre sua experiência como membro
do
Colegiado do Conselho Tutelar de Poções. Segundo ele, foi uma
experiência
gratificante, que o fez crescer profissionalmente, mas mais do que isso
tornou-o mais humano, pois até então ele se sensibilizava com as
questões
sociais envolvendo crianças e adolescentes, porém não as sentiam de
forma tão
próxima assim. Portanto, através do Conselho Tutelar, ele convivia
diretamente
com cada problema e, juntamente com a equipe, não media esforços
buscando
resolvê-los, de acordo as atribuições estabelecidas pelo ECA,
requisitando dos
órgãos competentes a resolução dos referidos casos. Cobrando urgência
para a
solução e também denunciando às autoridades competentes as violações,
haja
vista que criança e adolescentes são prioridade absoluta.
Quanto
ao Dia do Conselheiro Tutelar ele lamentou que a
data tenha passado em branco no município, pois o órgão desenvolve um
excelente
trabalho e é visto como referência na região, mas infelizmente “santos
de casa
não fazem milagres”. Toda a Bahia reconhece o trabalho do Conselho
Tutelar de
Poções, o que infelizmente parte da comunidade local e muitas
autoridades ainda
não perceberam. Mas acredito que isso não é totalmente ruim assim, pois
“o
Conselho Tutelar só é mal visto porque combate as injustiças sociais,
portanto
é criticado por quem prefere que tais injustiças permaneçam debaixo do
tapete”.
Abordou
ainda que muitas vezes as pessoas, por conta da mídia,
acusam os Conselheiros Tutelares de passarem a mão na cabeça de
adolescentes
infratores. O que, segundo ele, se dá por falta de conhecimento do que
diz o
Estatuto da Criança e do Adolescente, tanto normatizando a função dos
pais, do
Poder Público, quanto da própria comunidade. Pois geralmente, por falta
de
conhecimento só nos lembramos das crianças e adolescentes quando se
envolvem em
problemas, mas não paramos para entender porque se envolveram, o que
faltou na
formação dos mesmos por parte da família, da sociedade e do Poder
Público,
porque ninguém nasce bandido, mas o meio social e a falta de
perspectiva, mesmo
não justificando, influência. Assim, a falta de políticas públicas
inclusivas
acaba excluindo-os e os jogando nos braços do tráfico.
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