Academia Americana de Pediatra revisa recomendações sobre o melhor jeito de o bebê dormir. Confira
Ana Paula Pontes
Quem nunca foi várias vezes à noite ao quarto do filho para ver se ele estava apenas... respirando?
Isso acontece em especial pelo pânico dos pais com a síndrome da morte.
O termo é usado para designar uma morte na infância que não pode ser
explicada depois de investigações, tanto da cena (local onde o bebê
dormia), autópsia e revisão da história clínica da criança.
Esse tipo de ocorrido tem resultado em cada vez mais estudos, para encontrar uma resposta sobre o que poderia levar a essa morte prematura. Baseada justamente em pesquisas sobre o tema, a Academia Americana de Pediatria (AAP) acaba de publicar 18 recomendações para que as crianças tenham um sono seguro e previna tanto a morte súbita quanto outros tipos de problemas graves relacionados ao sono, como sufocamento. Confira
Esse tipo de ocorrido tem resultado em cada vez mais estudos, para encontrar uma resposta sobre o que poderia levar a essa morte prematura. Baseada justamente em pesquisas sobre o tema, a Academia Americana de Pediatria (AAP) acaba de publicar 18 recomendações para que as crianças tenham um sono seguro e previna tanto a morte súbita quanto outros tipos de problemas graves relacionados ao sono, como sufocamento. Confira
- De barriga para cima. Sempre!
É a posição mais segura. A criança respira melhor e tem menos risco de
engasgo – caso vomite, ela vai girar a cabeça para o lado.
- Dormir só em superfície firme,
como no berço e com o colchão no tamanho adequado. Carrinho de bebê,
sling, bebê conforto e cadeirinha de carro não devem ser usados para
rotina do sono. Tudo bem adormecer por alguns minutos, desde que com
supervisão, segundo especialistas ouvidos pela CRESCER.
- A APP recomenda que o bebê durma no quarto dos pais
nos primeiros meses, mas nunca na mesma cama. Isso porque você consegue
monitorar a criança e intervir rapidamente caso aconteça algo. Sem
contar que vai facilitar na hora de amamentá-lo durante a noite.
- Bichos de pelúcia, travesseiros ou qualquer objeto solto devem estar fora do berço,
inclusive protetores. Além do risco de asfixia, acumulam ácaros. O
cuidado vale para roupas de cama, que devem ser presas embaixo do
colchão.
- Faça o pré-natal correto. Há diversas evidências que relacionam um menor risco de morte súbita em crianças cujas mães fizeram um pré-natal regular.
- Evite contato com cigarro durante a gravidez e após o nascimento do bebê.
O desenvolvimento do bebê no útero é prejudicado pelos maus hábitos, o
que pode levar à prematuridade – um fator de risco para a morte súbita.
Após o nascimento da criança, o cigarro também deve ficar longe. O fumo
passivo prejudica o sistema respiratório. Se algum parente ou amigo seu
tem o hábito, ele vai ter de fazer isso longe do seu filho.
- Não beba nem use medicação por conta própria durante a gravidez. E isso inclui o período anterior à sua gestação. Quer engravidar? Cuide-se desde já!
- Amamente.
Ao sugar o peito, a criança é obrigada a respirar pelo nariz. Assim,
desenvolve melhor o sistema respiratório, deixando os músculos
fortalecidos.
- Chupeta como aliada.
Isso não quer dizer que, se o seu filho não gosta ou não usa, você deve
forçá-lo, mas alguns estudos mostram que o uso do acessório diminui a
incidência de morte súbita. No entanto, ela deve ser só oferecida ao
bebê quando a amamentação estiver estabilizada, depois de três ou quatro
semanas de vida da criança.
- Evite superaquecer o seu filho.
Ele deve estar vestido de maneira confortável para o clima do dia.
Segundo a AAP, a criança deve estar com uma “camada” a mais de roupa do
que você. Apenas isso! Também não deve cobrir a cabeça nem as mãos do
seu filho, pois são pelas extremidades que ele regula a sua temperatura.
- Vacine seu filho. Recentes evidências sugerem que a imunização pode ter um efeito protetor contra a morte súbita.
- Cuidado com propagandas de produtos que dizem evitar morte súbita.
Não há nenhum acessório ou produto que tenha essa finalidade, muito
menos pesquisas científicas que comprove algum benefício em adquiri-lo.
- Não use monitores cardiorrespiratórios como uma estratégia de reduzir o risco de morte súbita. Não entre nessa paranoia!
- Deixe seu filho de barriga para baixo (acordado!) apenas para que ele exercite seus músculos.
Mas sempre, sempre, sempre com você ao lado dele! Essa posição é
importante para ajudar o desenvolvimento motor e muscular e a minimizar o
risco de plagiocefalia – quando o crânio do bebê tem alguma deformidade
pela pressão que sofre em apenas um dos lados.
- Você tem uma babá? Seu filho fica em um berçário?
Com a sua mãe? Faça com que todos que ajudam você nos cuidados com o
bebê saibam das recomendações sobre como prevenir a morte súbita.
- De olho na mídia.
A AAP ressalta que tanto propagandas na TV quanto nas revistas, nos
sites, nos jornais devem seguir as recomendações do sono seguro ao
incluir um bebê em seus projetos.
- Campanha frequente.
A Academia enfatiza a importância de campanhas ao redor do mundo
orientando pais e educadores no cuidados com o sono das crianças, tanto
para prevenir morte súbita como sufocamento e outros acidentes. A
instituição reforça que os cuidados com o bebê devem ser passados para a
mulher ainda durante a gravidez.
- Pesquisas e mais pesquisas.
A cada cinco anos, as orientações para o sono seguro dos bebês devem
ser reavaliadas, de acordo com a AAP. Isso inclui novas pesquisas,
estudos e investigações por parte dos cientistas.
Fontes: Márcia Pradella, neuropediatra e responsável pelo setor de pediatria do Instituto do Sono, da Unifesp; José Hugo de Lins Pessoa, pediatra e membro do Núcleo Permanente de Estudos sobre o Sono da Sociedade Brasileira de Pediatria
*Crescer - Notícias
Imagem extraida da internet
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