“A Campanha da Fraternidade é um tempo
especial para a conversão do coração, através da prática da oração, do
jejum e da esmola, como processo de abertura necessária para sermos
tocados pela grandeza da vida nova que nasce da cruz e da ressurreição”,
disse dom Leonardo.
Em seu discurso, o secretário geral da
CNBB disse que houve “significativos avanços” nas últimas décadas da
saúde pública no país, como o aumento da expectativa de vida da
população, a drástica redução da mortalidade infantil, a erradicação de
algumas doenças infecto-parasitárias e a eficácia da vacinação e do
tratamento da Aids, elogiada internacionalmente.
Dom
Leonardo também levantou pontos que ainda não são completamente sanados
pelo Governo em relação à saúde. “Com a Campanha da Fraternidade de
2012, a Igreja deseja sensibilizar a todos sobre uma das feridas sociais
mais agudas de nosso país: a dura realidade dos filhos e filhas de Deus
que enfrentam as longas filas para o atendimento à saúde, a demorada
espera para a realização de exames, a falta de vagas nos hospitais
públicos e a falta de medicamentos. Sem deixar de mencionar a situação
em que se encontra a saúde indígena, dos quilombolas e da população que
vive nas regiões mais afastadas”, destacou dom Leonardo.
O bispo auxiliar de Brasília ressaltou não ser exagero dizer que a saúde pública no país “não vai bem”. “Os problemas verificados na área da saúde são reflexos do contexto mais amplo de nossa economia de mercado, hoje globalizada, que não tem, muitas vezes, como horizonte os valores ético-morais e sociais”.
Sobre o corte de cinco bilhões de reais da área da saúde, dom Leonardo destacou que esta decisão do governo preocupa e frustra “a expectativa da população por maior destinação de recurso à saúde” após a discussão da Emenda Constitucional 29.
Agradecimento à CNBB
O
ministro da saúde, Alexandre Padilha, agradeceu à CNBB, em nome do
Ministério da Saúde, do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Conselho
Nacional de Saúde (CNS), pela escolha do tema da Campanha da
Fraternidade deste ano. “Agradecemos esse gesto da CNBB por trazer a
saúde, em especial a saúde pública, como tema central de reflexão da
Quaresma e durante toda a Campanha da Fraternidade. Sabemos que isso
provoca um debate permanente durante todo o ano na Igreja Católica e nas
comunidades. Não poderia ter presente maior para o SUS do que esta
iniciativa da Igreja Católica”, disse o ministro.
Segundo Padilha, a responsabilidade e os desafios de consolidar o Sistema Único de Saúde são enormes. “Primeiro pela dimensão de nosso país, desafio que nenhum outro país com mais de 100 milhões de habitantes assumiu. O Brasil assumiu em sua Constituição, colocando a saúde como dever do Estado. E depois assumiu o SUS, que tem como princípio levar saúde de forma integral e universal para toda a sua população. Sabemos que o desafio do SUS não é pequeno”, destacou.
“Tenho a esperança de que nesta Campanha da Fraternidade, cada uma das comunidades do país possam discutir o ‘SUS real’, aquilo que é a única porta para 145 milhões de brasileiros. É a partir desse debate que poderemos enfrentar os problemas que temos a sanar na saúde pública no país”, observou o ministro.
Mensagem do Papa
“De
bom grado me associo à CNBB que lança uma nova Campanha da
Fraternidade, sob o lema “que a saúde se difunda sobre a terra” (cf Eclo
38,8), com o objetivo de suscitar, a partir de uma reflexão sobre a
realidade da saúde no Brasil, um maior espírito fraterno e comunitário
na atenção dos enfermos e levar a sociedade a garanti a mais pessoas o
direito de ter acesso aos meios necessários para uma vida saudável”.
Estas foram algumas palavras do papa Bento XVI na carta enviada à CNBB
por ocasião do lançamento da CF. A carta foi lida na íntegra pelo
secretário executivo da CF, padre Luiz Carlos Dias, no ato de lançamento
Campanha.
O papa desejou que esta Campanha inspire no “coração dos fiéis e das pessoas de boa vontade, uma solidariedade cada vez mais profunda para com os enfermos, tantas vezes sofrendo mais pela solidão e abandono, do que pela doença”.
“Associando-me, pois, a esta iniciativa da CNBB e fazendo minhas as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias de cada um, saúdo fraternalmente quantos tomam parte, física ou espiritualmente, na Campanha, invocando pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, para todos, mas de modo especial, para os doentes, o conforto e a fortaleza de Deus no cumprimento do dever de estado, individual, familiar e social, fonte de saúde e progresso do Brasil, tornando-se fértil na santidade, próspero na economia, justo na participação das riquezas, alegre no serviço público, equânime no poder e fraterno no desenvolvimento”, escreveu o papa.
O bispo auxiliar de Brasília ressaltou não ser exagero dizer que a saúde pública no país “não vai bem”. “Os problemas verificados na área da saúde são reflexos do contexto mais amplo de nossa economia de mercado, hoje globalizada, que não tem, muitas vezes, como horizonte os valores ético-morais e sociais”.
Sobre o corte de cinco bilhões de reais da área da saúde, dom Leonardo destacou que esta decisão do governo preocupa e frustra “a expectativa da população por maior destinação de recurso à saúde” após a discussão da Emenda Constitucional 29.
Agradecimento à CNBB
Segundo Padilha, a responsabilidade e os desafios de consolidar o Sistema Único de Saúde são enormes. “Primeiro pela dimensão de nosso país, desafio que nenhum outro país com mais de 100 milhões de habitantes assumiu. O Brasil assumiu em sua Constituição, colocando a saúde como dever do Estado. E depois assumiu o SUS, que tem como princípio levar saúde de forma integral e universal para toda a sua população. Sabemos que o desafio do SUS não é pequeno”, destacou.
“Tenho a esperança de que nesta Campanha da Fraternidade, cada uma das comunidades do país possam discutir o ‘SUS real’, aquilo que é a única porta para 145 milhões de brasileiros. É a partir desse debate que poderemos enfrentar os problemas que temos a sanar na saúde pública no país”, observou o ministro.
Mensagem do Papa
O papa desejou que esta Campanha inspire no “coração dos fiéis e das pessoas de boa vontade, uma solidariedade cada vez mais profunda para com os enfermos, tantas vezes sofrendo mais pela solidão e abandono, do que pela doença”.
“Associando-me, pois, a esta iniciativa da CNBB e fazendo minhas as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias de cada um, saúdo fraternalmente quantos tomam parte, física ou espiritualmente, na Campanha, invocando pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, para todos, mas de modo especial, para os doentes, o conforto e a fortaleza de Deus no cumprimento do dever de estado, individual, familiar e social, fonte de saúde e progresso do Brasil, tornando-se fértil na santidade, próspero na economia, justo na participação das riquezas, alegre no serviço público, equânime no poder e fraterno no desenvolvimento”, escreveu o papa.
Fonte: CNBB
Nenhum comentário:
Postar um comentário