Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Imagem extraída da internet
Brasília – Responsável pela coleta de 1,5 milhão de assinaturas que
resultou no Projeto de Lei da Ficha Limpa, depois aprovado pelo
Congresso Nacional, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
disse que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em considerar
válida a lei “será um presente à sociedade brasileira”. O trabalho de
coleta de assinaturas contou com o apoio de movimentos de combate à
corrupção.
O placar do julgamento da lei no Supremo está em 6 votos favoráveis a
sua legalidade, tendo apenas um voto contrário até o momento.
De acordo com o presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno, a aprovação
da lei "não deverá resolver todo o problema da corrupção, mas facilita a
melhor escolha de políticos, mais preparados e qualificados". Para o
religioso, o controle da corrupção será mais eficiente depois da reforma
política.
As declarações foram feitas por ocasião da reunião mensal do Conselho
Episcopal Pastoral (Consep). Em pauta, também esteve a decisão do STF de
dar plenos poderes ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para
investigar juízes, ao julgar ação direta de inconstitucionalidade
impetrada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).
Para o secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, a decisão
"preservou a função do conselho e, mais uma vez, o STF dá ao Brasil a
oportunidade de ter órgãos que ajudam a oferecer mais transparência à
própria Justiça. Ganhou o STF, os magistrados, a Justiça e a sociedade".
Os integrantes do Consep também discutiram sobre a situação dos índios
Guarani Kaiowá, de Coronel Sapucaia, em Mato Grosso do Sul. Segundo dom
Steiner, os índios "estão despojados de suas terras" e em uma situação
de desamparo, submetidos à violência, pela falta de andamento dos
processos tradicionais de demarcação de terras e a ausência de políticas
públicas em seu favor.
Steiner relatou que, recentemente, esteve em Coronel Sapucaia e que
ficou chocado com informações de que alguns adolescentes da tribo
"enforcam-se porque não veem futuro". "Eles sentem que a oportunidade de
expressão lhes está sendo negada, por isso, influenciados pela sua
cultura, se sentem compelidos a cometer suicídio".
A CNBB informou que vai lançar, na Quarta-Feira de Cinzas (22), a
Campanha da Fraternidade deste ano, que terá como tema a saúde pública.
Edição: Lana Cristina
Fonte: Agência Brasil
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