Pela primeira vez, jovens de
todo mundo contribuem, por meio de mídias sociais para a elaboração do
Relatório Mundial da Juventude, cuja edição mais recente aborda o
“Emprego de Jovens: Perspectivas da Juventude na Busca de Trabalho
Decente em Tempos de Mudança“.
Jovens de todo o mundo estão preocupados com a falta de
oportunidades de trabalho e pedem aumento do investimento nesta área,
afirma o documento divulgado em 6 de fevereiro pelo Departamento de
Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (DESA).
Na sequência da crise econômica, a taxa de desemprego global de
juventude atingiu seu recorde histórico em 2009, quando cerca de 75,8
milhões de jovens ficaram desempregados. Nas desacelerações econômicas,
jovens são muitas vezes os últimos contratados e os primeiros demitidos.
Em 2010, a taxa de desemprego global de jovens era 12,6%, muito maior
do que a taxa de desemprego mundial adulto de 4,8%.
Hoje, cerca de 152 milhões de trabalhadores jovens são de famílias
que estão abaixo da linha da pobreza (vivem com menos de 1,25 dólar por
dia), compreendendo 24% dos trabalhadores pobres do mundo.
A diferença de gênero afeta rapazes e moças: em 2010, a taxa de
desemprego total dos jovens foi de 25,5% no Oriente Médio e 23,8% no
Norte da África. O desemprego entre as moças nessas regiões foi
particularmente alto, chegando a 39,4% no Oriente Médio e a 34,1% no
Norte de África.
Em 2010, a taxa de desemprego global para jovens do sexo feminino
foi de 12,9%, comparada com 12,5% para os homens jovens. Nas economias
desenvolvidas, na União Europeia e no leste da Ásia, o homem jovem tem
experimentado taxas de desemprego ligeiramente mais elevadas do que as
mulheres jovens.
Acesse o documento em inglês.
Opinião dos jovens
Para elaborar o relatório, a ONU contatou jovens e representantes
de organizações de jovens que foram convidados a compartilhar, por meio
de plataformas digitais e mídias sociais, suas opiniões, experiências e
recomendações sobre a preparação para ingressar, como ter o acesso e
como permanecer no mercado de trabalho. Foram recebidas aproximadamente
1,1 mil contribuições (incluindo fotos e vídeos) durante quatro semanas.
O relatório revela também que os jovens estão preocupados com a
qualidade e a relevância de sua educação, como diz Amadou, um rapaz
senegalês de 24 anos: “Hoje, deveria ser mais fácil encontrar um emprego
porque nossa geração é mais educada, mas há uma inadequação entre a
formação oferecida e as necessidades do mercado de trabalho.”
Outros assuntos de interesse incluem a vulnerabilidade do trabalho,
a migração laboral, o atraso no casamento, bem como idade, sexo e
discriminação racial.
Mas as oportunidades oferecidas pelos empregos verdes, novas
tecnologias e empreendedorismo contribuem para proporcionar esperança
para os jovens, que também salientam a necessidade de ser pró-ativo e
manter uma visão positiva para encontrar empregos decentes, como diz o
espanhol Leo, de 28 anos: “Precisamos inovar, arriscar, criar.”
Este é o primeiro ano em que também é possível interagir e
partilhar ideias pelo site do relatório.
Contatos para a imprensa
Departamento de Informação Pública da ONU
Mélanie Prud’homme
Tel: +917-367-3541 | prudhommem@un.org
Charlotte Scaddan
Tel: +917-367-9378 | scaddan@un.org
Especialistas disponíveis para entrevistas
Gail Gershon
Diretora Executiva da Community Leadership, Gap Inc. (inglês)
gail_gershon@gap.com
Sarah Huxley
Especialista em infância e juventude da Lead Moderator of the
E-discussion (inglês)
sarahhuxley@hotmail.com
Sergio Andrés Iriarte Quezada
Assessor de Compartilhamento de Conhecimento do Programa de Emprego
para Jovens da Organização Internacional do Trabalho (português,
espanhol, inglês, francês e alemão)
iriarte@ilo.org
Mais informações
Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio)
Valéria Schilling
(21) 2253-2211 e (21) 8202-0171
valeria.schilling@unic.org
Fonte: ONU
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