Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Foto extraída da internet
São Paulo – O diretor de Prevenção e Atendimento da organização não
governamental (ONG) Safernet, Rodrigo Nejm, faz um alerta a pais e
adolescente de que a web (rede mundial de computadores) e o
mundo virtual são territórios tão perigosos quanto os da vida real.
“Principalmente para as crianças que, muitas vezes, têm domínio técnico,
mas não têm consciência das consequências de publicar algumas
informações e de que há criminosos disfarçados [na web]”, disse
ele.
Rodrigo Nejm disse que, da mesma maneira que os pais orientam os filhos
a se cuidar quando estão em uma praça pública, também devem ter
critérios para definir limites quando navegam na internet. A
coordenadora do Portal da Terceira Idade, Anísia Spezia, concorda com o
dignóstico sobre os riscos do mundo virtual, mas lembra que esse não
deve ser uma preocupação, apenas, dos pais. Os idosos também ficam
expostos na rede e, sem orientação adequada, acabam caindo em
armadilhas.
“A terceira idade é dona do seu próprio nariz. Enquanto com os
adolescentes as mães continuam dando conselhos sobre a conduta na internet,
nem sempre há um filho que faça a mesma coisa com os pais”, disse ela.
Essa discussão dominou o debate Conectando Gerações e Ensinando Uns aos
Outros: Descobrindo o Mundo Digital com Segurança, que marcou as
comemorações do Dia Mundial da Internet Segura, comemorado no dia 7 e
fevereiro.O debate ocorreu na sede da Procuradoria Regional da República
em São Paulo.
A procuradora regional Janice Ascari disse que a vida virtual não é
diferente da vida pessoal e, por isso, é preciso estar sempre vigilante.
“Isso não é querer ter controle da vida do filho, é apenas uma atitude
de primeiros educadores e de exemplos que eles vão ter para o resto da
vida. Por isso, devemos auxiliá-los quanto à melhor maneira que eles
devem se comportar na sua vida”.
O estudante Bruno Agostinho Barreto Ascari, de 18 anos, acessa a
internet desde os 7 anos de idade, com o monitoramento dos pais. Ele
aprova esse tipo de controle. “Isso foi muito bom para a construção do
meu caráter porque eu posso me relacionar com as pessoas e, mesmo assim,
eu sei os limites que tenho que ter conhecendo essas pessoas na internet”.
Edição: Vinicius Doria
Fonte: Agência Brasil
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