O que você pode fazer para ajudar seu filho a dar os primeiros passos da vida dele
Ana Paula Pontes
“Meu
filho andou com 11 meses.” Pronto! Basta ouvir isso de outra mãe para
você entrar em desespero com o seu filho que acabou de completar 1 ano e
ainda não anda? Fique tranquila! Leia esta reportagem até o fim e você
vai ver por que não é preciso desespero e o que pode fazer para ajudar
seu filho nessa etapa do desenvolvimento dele. Mas lembre-se: o principal estímulo em qualquer fase é o que carinho que você dá a ele, todos os dias.
Esqueça as comparações
Essa é a primeira dica porque é também motivo de ansiedade dos pais. Não há uma idade certa para a criança andar,
e sim um período - entre 10 e 18 meses - para que isso aconteça. Se o
seu filho só deu os primeiros passos sozinho com 1 ano e 4 meses, e o da
sua irmã com 1 ano, não quer dizer que ele tem um atraso neurológico ou
neuromotor ou que foi pouco estimulado por você. É o tempo dele! Apenas
isso.
Deixe-o explorar
Deixe
o bebê experimentar o chão, fazer suas próprias rotas, procurar os
melhores caminhos, descobrir texturas com os pés e as mãos. Claro, fique
sempre por perto.
Incentive
Você
pode, por exemplo, se colocar a um metro da criança e chamá-la. Ela irá
se esforçar para chegar até você. Também pode ajudá-la a ficar em pé na
ponta do sofá para que caminhe até a outra – onde você a espera. Usar
brinquedos é outra dica. Afaste-os para que seu filho, aos poucos, tente
pegá-los.
Com as suas mãos
Eles
adoram! Segure as duas mãozinhas do seu filho e vá caminhando junto com
ele. Depois, segure apenas uma, até que ele se sinta seguro e você
consiga soltar a outra. Tenha calma. Isso pode não acontecer na primeira
vez. Segure a ansiedade!
Dê segurança
A
posição ereta e os primeiros passos significam um novo mundo para o
bebê. A capacidade de locomoção o leva a se arriscar – é aí também que a
atenção dos pais será decisiva. Se seu filho tropeçar
ou derrubar algo, alerte-o de forma carinhosa. Broncas agressivas ou
impacientes podem retrair a criança e até atrasar seu desenvolvimento
motor.
Não o assuste
OK.
Dá até um frio na barriga de ver aquele bebê andando todo desengonçado a
ponto de cair a qualquer momento. Mas a sua postura é fundamental para
que ele não se assuste (isso pode até atrasar o tempo de ele andar). Se
por acaso, cair para trás e bater a cabeça, socorra-o, mas sem (pelo menos mostrar para ele...) desespero. Então, conforte-o
e observe se não fica sonolento ou vomita. Se perceber qualquer
modificação no comportamento do seu filho, ligue para o médico.
Esqueça o andador
Além
de ser responsável por acidentes com crianças, o acessório, diferente
do que se imagina, não estimula a criança a andar. Ao contrário. O
andador pode atrasar o desenvolvimento psicomotor do seu filho, fazendo
com que leve mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio. Isso sem
falar que ele encurta uma etapa importante, o engatinhar.
Calçado ideal?
O melhor é deixar seu filho descalço. Além de dar mais aderência, ao sentir o chão, ele se sente mais seguro. Meias antiderrapantes
também são boas opções, principalmente para os dias frios. Esqueça
calçados duros demais. Opte por tênis molinhos, confortáveis e no
tamanho certo.
Um lugar diferente
Leve
seu filho para passear num parque ou numa praça. Um bichinho ou uma
folha grande de árvore pode aguçar sua curiosidade e ser um estímulo
para que queira andar e chegar mais perto.
Sobre quinas, móveis e mais
Ao
mesmo tempo que é uma delícia ver seu filho andar, nessa fase (que
inclui o engatinhar) é preciso ficar atento com tudo o que estiver aos
olhos dele. Uma toalha de mesa que pode puxar, quinas de móveis,
escadas, objetos pequenos e pontiagudos e até móveis fáceis de virar.
Com todas essas sugestões, vale reforçar: “Aproveite essa fase do andar.
Aproveite todas as fases da criança, sem neura”, diz Edilson Forlin,
ortopedista pediátrico do Hospital Pequeno Príncipe (PR).
Fontes:
Edilson Forlin, ortopedista pediátrico do Hospital Pequeno Príncipe
(PR); Hamilton Robledo, pediatra do Hospital São Camilo (SP); Luiza
Batista, coordenadora de políticas públicas da ONG Criança Segura; Maria
Amparo Martinez, pediatra do Hospital Santa Catarina (SP).
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