A superlotação do Centro
Socioeducativo Patativa do Assaré, em Fortaleza/CE, superior a 100%,
impressionou as juízas auxiliares da Presidência do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) Cristiana Cordeiro e Joelci Diniz, que começaram nesta
segunda-feira (24/9) uma agenda de visitas às unidades de internação do
Ceará. O estado nordestino é o 12º visitado desde julho, na segunda fase
do Programa Justiça ao Jovem, que analisa as condições de unidades de
internação em todo o Brasil.
São 144 adolescentes dividindo o espaço
feito para abrigar 60 pessoas. Em alojamentos abarrotados por até oito
jovens, é preciso estender colchões no chão para se dormir, no intenso e
úmido calor da capital cearense, que registrava 26 graus e 70% de
umidade relativa do ar às 20h30 da noite da segunda-feira.
“O número excessivo de adolescentes torna lugares como o Patativa do Assaré locais de alta tensão. É difícil fazer o atendimento socioeducativo quando a lotação é mais que o dobro da capacidade da casa”, afirmou a juíza Cristiana Cordeiro. Uma rebelião em 19 de agosto mobilizou todos os internos e destruiu a casa, que reúne os adolescentes cearenses que cometeram os atos infracionais considerados mais graves, como roubo e homicídio.
“O número excessivo de adolescentes torna lugares como o Patativa do Assaré locais de alta tensão. É difícil fazer o atendimento socioeducativo quando a lotação é mais que o dobro da capacidade da casa”, afirmou a juíza Cristiana Cordeiro. Uma rebelião em 19 de agosto mobilizou todos os internos e destruiu a casa, que reúne os adolescentes cearenses que cometeram os atos infracionais considerados mais graves, como roubo e homicídio.
“A casa está em processo de
reestruturação após a rebelião. Vemos que há boa vontade de reorganizar o
espaço, mas há deficiências na forma como se trabalha com os
adolescentes”, ressaltou a juíza Joelci Diniz, que coordena o Programa
Justiça ao Jovem ao lado da juíza Cristiana Cordeiro.
Insalubre – Durante a
estada das juízas na unidade, internos exibiram baratas que encontraram
no alojamento, onde ratos também teriam sido vistos. “Ele sai do ralo e
temos de matá-lo com uma garrafa que usamos para beber água”, afirmou um
adolescente de 17 anos. Alguns relataram problemas de pele que teriam
ocorrido por causa do contato com o colchão, segundo os próprios jovens.
Manuel Carlos Montenegro
Agência CNJ de Notícias
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