Assessoria de Comunicação Social Classificação da Notícia: Infância e Juventude
22/08/2012 11:26:07
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Redatora: Anbar - MTbBA 690
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Após luta para instalar Conselhos Tutelares
em todo Estado, MP quer vê-los funcionando
em todo Estado, MP quer vê-los funcionando
A
ausência de destinação privilegiada de recursos nos orçamentos
municipais para políticas relacionadas às crianças e adolescentes agrava
a precariedade da estrutura dos Conselhos Tutelares (CTs) e Municipais
dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCAs), impedindo o
funcionamento do sistema de garantia de direitos nos termos que
estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Essa
preocupação foi externada por promotores de Justiça que atuam
principalmente em municípios com mais de 100 mil habitantes e que se
reuniram na última segunda-feira, dia 20, em Salvador, dando início a
discussões de formas de atuação conjunta para avançar na prestação de
serviço por esses colegiados.
A “Reunião para Definição de Estratégias
Relativas ao Programa ‘Infância em 1º Lugar’” foi promovida pelo
Ministério Público estadual, aconteceu no auditório do Centro de Estudos
e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) e foi aberta pelos promotores de
Justiça Eliana Bloizi e Millen Castro, respectivamente coordenadores do
Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente (Caoca) e do
Núcleo de Apoio para Implantação, Estruturação e Fortalecimento dos
Conselhos de Direitos, Tutelares e Fundos Municipais dos Direitos da
Criança e do Adolescente (Naic). Na oportunidade, foi evidenciado que
muitos são os registros de casos de violação aos direitos de crianças
e adolescentes que não estão recebendo o tratamento devido, mesmo após a
luta do MP para instalar os CTs nos 417 municípios baianos.
A tarefa agora é exigir a estruturação e
devido funcionamento dos conselhos para que cumpram seu papel,
diminuindo as atribuições dos promotores de Justiça e juízes que têm
atuado em casos que poderiam ser solucionados administrativamente pelos
CTs, vez que judicialmente há mais demora, explica Millen Castro,
lembrando que o artigo 132 do ECA determina que todo município terá, no
mínimo, um CT e o MP conseguiu essa implantação em todo Estado. Ocorre
que, em alguns deles, nem existe um exemplar atualizado do ECA segundo
constatou em levantamento realizado no ano passado em todos os
municípios para verificar a situação dos CTs, CMDCAs e Fundos Municipais
dos Direitos da Criança e do Adolescente (FIA), o que exige uma
imediata intervenção do MP.
Em metade dos conselhos foi verificada a
inexistência de uma linha telefônica para receber denúncias e realização
de contato imediato com as instituições que integram o sistema de
defesa. Além disso, muitos não atuam nos finais de semana, feriado ou à
noite porque não têm plantonistas. Entre as dificuldades, o MP verificou
que alguns conselhos de direitos não contam com plano de ação
estabelecido mediante resolução que determine as suas metas e acabam
também não participando da formulação do orçamento municipal e não
garantindo, por consequência, que o Município respeite o princípio da
prioridade absoluta na destinação de recursos para a infância.
Durante o encontro, que teve a
participação do subcorregedor geral do MP, procurador de Justiça Zuval
Gonçalves Ferreira, e de promotores de Justiça de algumas Regionais, a
coordenadora do Caoca destacou a importância do empenho dos promotores
de Justiça para lutar pela melhoria das condições de trabalho dos
conselheiros e disse que no próximo ano direcionará quase todos os
recursos do centro que coordena para a meta de fortalecimento desses
conselhos, objeto de programa específico do MP que será lançado para o
público externo em outubro próximo. Zuval também enfatizou o engajamento
da Corregedoria no processo, por se tratar de meta do Plano Estratégico
e que, se preciso, poderá emitir recomendação para que os membros
estabeleçam prioridade na condução dos procedimentos e processos
necessários para o seu cumprimento.
Durante a reunião, o coordenador do NAIC
ouviu os participantes, falou dos 16 municípios baianos com mais de 100
mil habitantes e dos integrantes de Regionais onde se constatou o maior
número de deficiências, apresentando tópicos do levantamento feito no
ano passado. Também esclareceu a proposta de trabalho que o MP deverá
desenvolver nessas áreas durante os próximos três anos, estendendo-se,
ao final, a todos os 417 municípios do Estado.
Fotos: Ceaf/MP-BA
ASCOM/MP – Telefones: (71) 3103-0446/ 0449/ 0448/ 0499/ 6502
Fonte: Ministério Público do Estado da Bahia
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