quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Estado a serviço da Nação: Seminários, palestras e romarias antecedem atividades do 18º Grito dos/as Excluídos/as

Rogéria Araújo
Jornalista da Adital
 
Adital
 
A um mês da Semana da Pátria, vários movimentos em diferentes pontos do país se organizam em pré-Gritos – são palestras, romarias, debates ou pequenas discussões – que servem de preparação para o Grito dos/as Excluídos/as, um processo que há 18 anos busca a construção de mudanças a partir do povo brasileiro, a partir de suas demandas. Para este mês de agosto, muitas atividades já estão agendadas. 

Em Belo Horizonte, no próximo dia 11, acontece o Seminário Estadual em preparação ao Grito; em Teresina, no Piauí, ocorre no dia 14 o Dia D do Grito, tendo à frente o Fórum Regional das Pastorais Sociais; já no dia 18, no auditório das Edições Paulinas, em São Paulo, se realiza o debate "Estado para que e para quem?”; no dia 19, acontece no Paraná a 26ª Romaria da Terra, com o tema "Diversidade camponesa cuida da terra e promove a vida”; o assentamento Horto dos Aimorés, em Bauru (São Paulo) realiza, no dia 26, a 14ª Romaria da Terra e das Águas; e, no dia 30, haverá uma coletiva de imprensa nacional sobre o 18º Grito dos/as Excluídos/as, em São Paulo.

Este ano o Grito coloca o Estado na questão central: "Queremos um Estado a serviço da nação, que garanta direitos a toda população!”. O tema, explicou Ari José Alberti, da secretaria nacional do Grito, implica em dizer que a relação entre estado e população deve ser mais saudável e deve haver também mais crítica. 

"Nossa democracia representativa está manca, está falha e nossos parlamentares não representam nossas demandas. Não podemos seguir essa forma de que aquilo que é de direito ser visto como um favor. O Estado tem que está a serviço do povo e não do capital, do privado, do agronegócio”, afirmou Ari.

Com relação aos pré-Gritos, o integrante da Secretaria Geral, afirmou que esta etapa é a que mais demonstra que o Grito não é somente um evento que acontece no Dia da Independência, mas é um momento de construção com rica participação da população em várias esferas da sociedade.

Para ele, o interessante da iniciativa é que ao longo desses anos se firmou um processo que envolve o antes, o durante e o depois. "O Grito não é um evento. É um processo. Quando se percebe que a sociedade brasileira está ficando cada vez mais afastada, é preciso trazê-la para junto. Sem a população não teremos mudanças. Esse processo é tão ou mais importante que o acontecimento do Dia 7. É isso que nos anima”, falou.

Outro fato relevante este ano é que o tema do Grito se conjuga igualmente com o tema da 5ª Semana Social Brasileira, prevista para acontecer em maio de 2013, mas que já mobiliza ações em vários estados do país, com o tema "Estado para quê e para quem?”.

Estar ligado à Semana Social Brasileira, segundo Ari, é apresentar uma mesma demanda em comum – o Estado. "Mais do que nunca este tema se casa perfeitamente com nosso momento atual. É um momento nacional de reflexão para 2013, mas que já se começou a discutir e gerar questionamentos”, disse.

O Grito dos/as Excluídos/as está com endereço nas redes sociais:
Facebook: gritodosexcluidos

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