Rogéria Araújo
Jornalista da Adital
Adital
A um mês da
Semana da Pátria, vários movimentos em diferentes pontos do país se
organizam em
pré-Gritos – são palestras, romarias, debates ou pequenas discussões –
que servem
de preparação para o Grito dos/as Excluídos/as, um processo que há 18
anos
busca a construção de mudanças a partir do povo brasileiro, a partir de
suas
demandas. Para este mês de agosto, muitas atividades já estão agendadas.
Em Belo
Horizonte, no próximo dia 11, acontece o Seminário Estadual em
preparação ao
Grito; em Teresina, no Piauí, ocorre no dia 14 o Dia D do Grito, tendo à
frente
o Fórum Regional das Pastorais Sociais; já no dia 18, no auditório das
Edições
Paulinas, em São Paulo, se realiza o debate "Estado para que e para
quem?”; no
dia 19, acontece no Paraná a 26ª Romaria da Terra, com o tema
"Diversidade
camponesa cuida da terra e promove a vida”; o assentamento Horto dos
Aimorés,
em Bauru (São Paulo) realiza, no dia 26, a 14ª Romaria da Terra e das
Águas; e,
no dia 30, haverá uma coletiva de imprensa nacional sobre o 18º Grito
dos/as
Excluídos/as, em São Paulo.
Este ano o Grito coloca o Estado na questão central:
"Queremos um Estado a serviço da nação, que
garanta direitos a toda população!”. O tema, explicou Ari José Alberti,
da
secretaria nacional do Grito, implica em dizer que a relação entre
estado e
população deve ser mais saudável e deve haver também mais crítica.
"Nossa democracia representativa está manca,
está falha e nossos parlamentares não representam nossas demandas. Não
podemos
seguir essa forma de que aquilo que é de direito ser visto como um
favor. O
Estado tem que está a serviço do povo e não do capital, do privado, do
agronegócio”, afirmou Ari.
Com relação
aos pré-Gritos, o integrante da Secretaria Geral, afirmou que esta etapa
é a
que mais demonstra que o Grito não é somente um evento que acontece no
Dia da
Independência, mas é um momento de construção com rica participação da
população em várias esferas da sociedade.
Para ele, o
interessante da iniciativa é que ao longo desses anos se firmou um
processo que
envolve o antes, o durante e o depois. "O Grito não é um evento. É um
processo.
Quando se percebe que a sociedade brasileira está ficando cada vez mais
afastada, é preciso trazê-la para junto. Sem a população não teremos
mudanças.
Esse processo é tão ou mais importante que o acontecimento do Dia 7. É
isso que
nos anima”, falou.
Outro fato
relevante este ano é que o tema do Grito se conjuga igualmente com o
tema da 5ª
Semana Social Brasileira, prevista para acontecer em maio de 2013, mas
que já
mobiliza ações em vários estados do país, com o tema "Estado para quê e
para
quem?”.
Estar ligado
à Semana Social Brasileira, segundo Ari, é apresentar uma mesma demanda
em
comum – o Estado. "Mais do que nunca este tema se casa perfeitamente com
nosso
momento atual. É um momento nacional de reflexão para 2013, mas que já
se
começou a discutir e gerar questionamentos”, disse.
O Grito dos/as Excluídos/as está com endereço
nas redes sociais:
Facebook: gritodosexcluidos
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