Karol Assunção
Jornalista da Adital
Adital
No
mês em que se comemora o Dia
Internacional da Juventude, a Organização Internacional do Trabalho (OIT)
aproveitou a data – celebrada no último domingo (12) – para mais uma vez chamar
a atenção para o número de jovens desempregados/as e no mercado informal e para
a necessidade de buscar soluções para o problema. Na semana passada, o
organismo internacional divulgou mensagens e comunicados sobre o tema.
O
Escritório Regional da OIT para América Latina e Caribe, por exemplo, lembrou,
em nota divulgada no dia 10 de
agosto, "a necessidade de assumir o desafio político de oferecer oportunidades
para quase sete milhões de jovens que buscam trabalho sem conseguir e para uns
27 milhões que estão confinados em empregos informais, com salários precários e
sem proteção nem direitos”.
De
acordo com o Escritório Regional, o desemprego urbano de jovens
latino-americanos/as e caribenhos/as entre 15 e 24 anos de idade é de 14,6%,
enquanto que a taxa geral é de 6,7% e a porcentagem de desemprego entre
adultos/as com mais de 25 anos é um pouco maior que os 5%.
A
preocupação também é grande em relação à população jovem que não estuda nem
trabalha. Segundo a OIT, 13 milhões de jovens na região não estudam nem buscam
emprego. Além disso, mais de 60% dos/as jovens estão em empregos informais.
O
problema não é exclusivo da região latino-americana e caribenha. Em mensagempor ocasião do Dia Internacional da
Juventude, Juan Somavia, diretor-geral da OIT, também alertou que, no
mundo, são 75 milhões de jovens desempregados/as e 228 milhões tentam
sobreviver na economia informal e vivem em situação de pobreza extrema. No
comunicado, Somavia aproveitou a data para convocar sociedade, governos e
setores privados a buscarem estratégias para superar essa situação.
"Devemos
adotar medidas urgentes e específicas para ajudar os 75 milhões de jovens que
estão sem emprego no mundo e os 228 milhões de jovens mais que lutam para
sobreviver na economia informal e vivem em situação de pobreza extrema. Sem um
emprego decente que permita aproveitar seu potencial, toda uma geração corre o
risco de ficar marcada e relegada ao desemprego ou ao subemprego”, destacou.
A
questão do desemprego juvenil também foi tema da 101ª Conferência Internacional do Trabalho, realizada em junho
passado em Genebra, na Suíça. O documento A
crise do emprego juvenil: um chamado à ação apresenta a resolução e as
conclusões da Conferência, dentre as quais se destaca a necessidade de
investimento nos jovens.
"Convidamos
aos governos, aos interlocutores sociais, ao sistema multilateral, inclusive o
G-20, e a todas as organizações nacionais, regionais e internacionais
competentes que adotem urgentemente novas medidas para afrontar a crise do
emprego juvenil. Só com uma ação coletiva firme e uma colaboração nos planos
nacional, regional e mundial poderemos melhorar a grave situação dos jovens na
aprendizagem mútua nos planos nacional, regional e mundial e promova alianças
de colaboração para fazer frente à crise”, destaca o documento.
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