A incompetência da mão de obra tem
assombrado o setor produtivo no Brasil. A escola, além de não formar
gente qualificada, deixou crescer a evasão dos adolescentes entre 15 e
17 anos - justamente a idade em que se desperta o cérebro para o
mercado. Até 2011, 1,6 milhão de brasileiros nessa faixa etária estava
longe das salas de aula. Comparado a 2009, houve um avanço de 11,72%.
Esse grupo também se distanciou do trabalho: entre 2001 e 2011, a
ocupação nessa idade caiu 25,72%. Os números são do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) e levantam a dúvida: para onde vão os
jovens brasileiros? Fora das salas de aula e do mercado de trabalho, as
opções se mostram escassas e estão associadas à violência, ociosidade,
mercado informal e pobreza.
Limbo – Esse cenário faz do Brasil um dos piores no
ranking da educação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE): a bandeira verde e amarela aparece em 53ª lugar. "O
Brasil está jogando nossos meninos e meninas no limbo ao abrir mão de
1,6 milhão de jovens como capital e força de trabalho", observa Ricardo
Henriques, superintendente do Instituto Itaú Unibanco. "Não é possível
que nossa sociedade não entenda o que está em jogo, que ache razoável
16% de seus jovens, no auge da formação, fora da escola", afirma.
Fonte: Portal ANDI
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