Assessoria de Comunicação Social Classificação da Notícia: Infância e Juventude
15/10/2012 17:35:42
|
Redatora: Anbar - MTbBA 690 |
Sistema de garantia de direitos
da criança não pode falhar
da criança não pode falhar
Palestrante
do seminário “Infância em primeiro lugar: estratégias para execução”
realizada hoje, dia 15 na sede do Ministério Público em Nazaré, Maria
Thereza Marcílio, representante da Rede Nacional 1ª Infância considerou
oportuno o debate na data em que se comemora a Semana Nacional de
Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes, que coincidiu
com a veiculação na noite anterior, de notícia em nível nacional, dando
conta da adoção considerada irregular, de cinco crianças de uma mesma
família, no município de Monte Santo (Bahia).
Citando o que ouviu no noticiário, ela
diz que as adoções das crianças da forma como aconteceram mostram que o
sistema de garantia de direitos não funcionou e a divulgação do caso
ajuda a aumentar a mobilização para evitar situações como essas que
estão acontecendo também em outras praças. Para ela, a criança precisa
de atenção e o fato de considerá-la o futuro do país precisa ser
repensado, pois “no futuro ela não será mais criança. O tempo dela deve
ser preservado e se somos seres integrais, temos que ter direito a
atenção integrada.”
O seminário foi aberto pela promotora de
Justiça Eliana Bloizi, coordenadora do Centro de Apoio Operacional da
Criança e d Adolescente (Caoca) que lembrou os tratados e leis que
servem de instrumento de atuação em benefício das crianças desde antes
do nascimento até os seis anos de idade começando pela Constituição
federal que é endossada por outros dispositivos como o Estatuto da
Criança e do Adolescente (Eca). E lamentou que apesar de tantas normas
nacionais e internacionais ainda persistam tantas desigualdades com os
direitos elementares de crianças e adolescentes desrespeitados.
A
atuação do MP na primeira infância foi debatida pelas promotoras de
Justiça Ana Bernadete de Andrade que atua nos casos de crianças e
adolescentes vitimizados e Cintia Guanaes, da área de saúde, sendo que
ambas deixaram claro que o trabalho da equipe é conjunto. Inclusive, Ana
Bernadete considera um avanço que agora os inquéritos policiais sejam
encaminhados para elas além de chegarem aos colegas que atuam na área
criminal. Assim as medidas protetivas para as vítimas, exigidas para
cada caso, podem chegar mais rapidamente.
O seminário contou com a participação de
Eleonora Ramos, membro do conselho gestor da rede “Não Bata. Eduque” e
do projeto “Proteger” que falou sobre a lei que está em tramitação e
que, se aprovada, vai ajudar a transformar a sociedade, como já acontece
em 34 países, dando garantia a que se crie filhos sem violência. Nos
debates, também foram discutidas as questões do orçamento e políticas
públicas com o juiz Marcus Vinícius Pereira Junior e o poder da
literatura na prevenção do abuso sexual infantil com Odívia Barros,
autora do livro “Segredo segredíssimo.”
O
fortalecimento dos Conselhos e Fundos da Infância e Adolescência foi
destacado pelo promotor de Justiça Millen Castro, coordenador do Núcleo
de Apoio para Implantação, Estruturação e Fortalecimento dos Conselhos
de Direitos Tutelares e Fundos Municipais dos Direitos da Criança e do
Adolescente (Naic). Apesar de, depois de um trabalho exaustivo mantido
pelo MP ter sido conseguido que todos os 417 municípios da Bahia
instalassem seus Conselhos Tutelares, a luta continua no sentido de que
eles funcionem plenamente. No seminário, Millen mostrou resultados de um
levantamento realizado no ano passado onde, entre outras informações,
consta que as deficiências ainda são grandes na maioria dos CT no que se
refere às instalações físicas, equipamentos e pessoal.
ASCOM/MP – Telefones: (71) 3103-0446/ 0449/ 0448/ 0499/ 6502
Fonte: MP/BA
Nenhum comentário:
Postar um comentário